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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Internet: meu primeiro contato foi em 1990

 

Flávio Pedron, chefe de reportagem do JdeB.

Antes do surgimento da Internet as empresas de telecomunicação testaram um outro serviço: o videotexto, o que viria a se tornar os chats de conversação. Tive contato com este meio de comunicação em 1990, já no final do curso de Jornalismo da UEPG, em Ponta Grossa. A novidade encantou a todos os estudantes do meu curso. Era possível falar com outras pessoas a um custo muito baixo de linha telefônica.

Só que a novidade caiu tão bem no gosto dos alunos do curso, que todo mundo queria testar a tecnologia e ficar bastante tempo conversando. Resultado: na primeira conta do telefone – a companhia ainda era a Telepar -, o reitor se assustou com a fatura e mandou cortar a linha telefônica. 
A desolação e revolta foi geral. Mas o primeiro passo tinha sido dado. Estávamos diante daquilo que viria a ser a revolução das telecomunicações e de uma ferramenta que se tornaria primordial para o trabalho de jornalistas, de profissionais de outras categorias e de empresas.
Em outro momento, aí sim, a Internet começava a chegar ao Brasil. Em 1993, pela primeira vez, tive contato com a Internet. Foi num congresso da União Cristã Brasileira de Comunicação, na Unisinos, em São Leopoldo (RS). Um técnico nos mostrou como poderíamos acessar obras literárias das bibliotecas de universidades dos Estados Unidos. Era algo revolucionário!
Dois ou três anos depois a tecnologia chegava a Beltrão. Fui um dos primeiros usuários da Worldline, na época. Comprei um computador, por consórcio, e a primeira coisa que fiz, em casa, foi interligar o PC à Internet. Isso foi em 1997. Na época, o modem ainda fazia aquele barulhinho engraçado e o acesso levava alguns minutos. 
Passadas duas décadas, repito aquilo que outras pessoas dizem: não saberia viver sem a internet. E para aqueles que vieram depois, que perguntam: como conseguíamos viver, antes, sem esta tecnologia instantânea? A resposta: tínhamos que ouvir mais rádio e ver as TVs, ler mais jornais, hábito que, aliás, não abandonei. 
Claro, a tecnologia tem as suas desvantagens e vantagens. As vantagens são muito maiores, mas não podemos deixar de conversar com as pessoas que nos cercam, na família, na sociedade ou no trabalho. 

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