O empresário, proprietário da Mecânica Avenida, diz que segunda e terça só atendeu caminhões “essenciais” para o dia a dia da população.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em uma de suas coletivas na semana passada que é preciso ter bom senso em relação aos “serviços essenciais” durante o período de combate ao coronavírus: “Um chaveiro, por exemplo, é um serviço essencial, depende da necessidade. Se uma ambulância quebrar, o mecânico passa a ser um serviço essencial”, disse o ministro, em rede nacional, pela TV Brasil.
O empresário Isaías Dal Zotto, do ramo de mecânica e de transportes, vai nessa linha de raciocínio em Francisco Beltrão. Na segunda e na terça-feira, ele abriu a sua empresa, a Mecânica Avenida, no Bairro São Cristóvão, especializada em mecânica pesada, e atendeu somente veículos de transporte essencial, como caminhões que levam alimentos aos supermercados e caminhões que levam a coleta de lixo no município.
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Mas, segundo ele, “se a mecânica parar, quem vai atender o caminhão que transporta alimentos?”. É um questionamento importante para se pensar nesse momento em que o comércio em geral está parado em Francisco Beltrão e em boa parte da região.
“A gente entende que é pra ficar em quarentena, que é preciso se preservar, mas tem esse outro lado para ser analisado, o setor de transporte já estava em dificuldades antes, agora vai ficar pior ainda. A gente trabalhou com os devidos cuidados de higiene pessoal, com equipe reduzida, mas precisamos trabalhar, senão o caos vai acontecer mesmo”, comenta o empresário, que é presidente da Associação de Motoristas de Francisco Beltrão.
