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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Jovem Aprendiz: Ano começa com mais vagas para estudantes

Mais de 100 adolescentes entre 14 e 17 anos já estão trabalhando como aprendizes.

 

Gabrielly Suptil Gonçalves e Thalia Alabora Feranti ocupam vagas do Programa Menor Aprendiz em uma loja e estão contentes com a oportunidade de aprender uma profissão.  Mais de 100 adolescentes já estão trabalhando como aprendizes em Beltrão. 

 

No momento em que o município de Francisco Beltrão comemora o excelente resultado de geração de empregos formais, com a abertura de 367 novas vagas em fevereiro, um recorde para o mês, a Escola Oficina Adelíria Meurer também festeja o crescimento das parcerias com as empresas em relação ao encaminhamento de menores ao mercado de trabalho na forma de aprendiz. Nos meses de janeiro e fevereiro, 50 jovens ingressaram no programa, o que também é recorde. Atualmente, mais de 100 adolescentes ligados à instituição de ensino estão trabalhando em empresas parceiras. 
De acordo com Claudineia Tonello, diretora da escola, no passado era preciso até um ano para conseguir 50 colocações e agora, em apenas dois meses, chegou-se a este número. “É uma excelente oportunidade para o jovem, para a empresa e para a sociedade no geral. Esse encaminhamento beneficia mais que o jovem, e sim toda sua família”, define a diretora. 
A Escola Oficina existe desde 2005 e neste período auxiliou muitos jovens e seus familiares, contribuindo para o desenvolvimento econômico do município. Segundo Claudineia, a escola está à disposição para novos parceiros que precisem ou estejam dispostos a ingressar no programa. Também agradece a todos as empresas parceiras. Ela acrescenta que isso demonstra o reconhecimento e a confiança que os empresários têm no programa. 
Entre as empresas parcerias, uma das mais recentes a assinar convênio com a escola foi a Cooperativa Cresol (Central Baser), onde quatro estudantes do Ensino Médio passaram a desenvolver atividades dentro do sistema cooperativista, ganhando o benefício de conhecer sobre uma profissão para ingressar no mercado de trabalho. 

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Carreira profissional
Para o presidente da Central Cresol Baser, Alzimiro Thomé, a formação de aprendizes dentro de uma empresa é um processo que colabora para a construção da carreira profissional do jovem. “Ficamos muito felizes ao firmar essa parceria com a Escola Oficina. Com certeza teremos profissionais comprometidos com o processo de aprendizagem que vai colaborar para o crescimento profissional destes estudantes”, destacou Thomé.
Ao contratarem estes adolescentes, as empresas têm que assinar a carteira de trabalho deles como aprendizes, devem recolher o FGTS e INSS, a carga de trabalho deve ser de quatro a seis horas diárias, além da concessão de férias uma vez ao ano. As empresas não podem submeter os adolescentes a atividades insalubres ou degradantes.  

Na Cresol, participaram da assinatura do convênio Rosane Silva, do setor de recursos humanos da Cresol Baser, Paula Munareto, professora da Escola Oficina, a diretora Claudineia Tonello e Alzimiro Thomé, presidente da Cresol Baser. 
Foto: Assessoria de Imprensa

 

Forma de contratação
Estes estudantes vão para a escola num turno e no outro trabalham. Mesmo depois de conseguir colocação como aprendizes nas empresas, eles continuam tendo vínculo com a Escola Oficina. Uma ou duas vezes por semana eles participam de cursos e podem expor eventuais dificuldades que estejam enfrentando. Nas empresas, os jovens aprendizes trabalham nos setores de empacotamento de mercadorias, estoques, vendas e administrativo.  
A instituição de ensino mantém as oficinas de comunicação, cidadania e trabalho; mercadologia; esporte (modalidades esportivas); informática (curso básico); artesanato; música; e taekwondo. Ao longo do ano, são ofertadas outras oficinas esporádicas. Estes cursos e ações ajudam a preparar os adolescentes para o mercado de trabalho, para ter uma boa relação interpessoal, de respeito ao meio ambiente e para a cidadania. Atualmente, há 68 alunos preparados para ingressar nas empresas.
Paula Munaretto, coordenadora dos cursos Jovem Aprendiz, destaca que a escola acompanha estes adolescentes que passam a trabalhar nas empresas. “A escola também trabalha em cima das dificuldades deles”, diz. Os resultados têm sido positivos. Paula comenta que “a gente percebe que eles estão bem contentes nos cursos de aprendizagem e dão retorno positivo para as empresas”. Há empresas que acabam contratando, posteriormente, este pessoal.

 

Empresas parceiras do programa

As empresas parceira são: Campo e Lavoura, indústria de alimentos BRF, distribuidora de bebidas Ambev, Gralha Azul Avícola, Magazine Alfana, Magazine Luiza, loja Magrão, supermercados Mano Manfroi 1, 2 e 3 e Supermercado Vitória, Pittol Calçados, Posto Alvorada, Distribuidora de Produtos Automotivos Scherer, Ítalo Supermercados Centro e Cidade Norte, Super Vipi, Super Pão, MM Mercado Móveis, Alumínios Docesar, indústria de alumínios Alcast, Ceonc, Ação Distribuidora, rede de lojas Leve, cooperativas Cresol e Sicoob, Bonetti Agronutri, distribuidora de Bebidas Fensa/Coca Cola e indústria de alimentos Três Palmeiras. 

 

Escola Oficina atende crianças e adolescentes

A Escola Oficina Adelíria Meurer, mantida pela Prefeitura de Francisco Beltrão, oferta várias oficinas para 195 crianças e adolescentes na faixa etária de 6 aos 17 anos. Os alunos vêm de vários bairros, participam de oficinas diversas, recebem lanche e almoço. 
A instituição funciona no sistema de contraturno social. Pela manhã, vêm alunos matriculados nas escolas no turno do vespertino. À tarde, os estudantes que frequentam as escolas de manhã. 
Para as empresas parceiras são encaminhados adolescentes preparados nas oficinas e que tenham entre 14 e 17 anos.
A instituição de ensino está localizada no Bairro Luther King. Sua estrutura conta com salas de aula, laboratório de informática, refeitório, banheiros, ginásio de esportes e profissionais de educação para dar o suporte nos cursos e orientações pedagógicas e eventuais dificuldades que estas crianças e adolescentes estejam enfrentando. 

 

Experiência com aprendizes é positiva

Na Magazine Alfana, já é a terceira equipe de menores aprendizes destinada pelo programa. Dos que passaram pela atividade, dois foram efetivados – uma adolescente na área de vendas que, ao completar 18 anos, optou por sair da empresa por causa dos estudos, e Júlio César, que segue no setor administrativo. 
Em 2017, duas meninas ocupam as vagas: Gabrielly Suptil Gonçalves, 16 anos, e Thalia Alabora Feranti, 15. Segundo a gerente da Alfana, Ivonete Marchezi Mendes, a experiência com os menores aprendizes é boa, porque eles demonstram vontade de aprender. “Há um pouco de dificuldade na área de vendas, até pegar o jeito, demora um pouco mais. Mas eles ajudam bastante no faturamento, reposição, no administrativo”, avalia. Para as estudantes que têm a chance de aprender uma profissão, a oportunidade também é valorizada: “É a primeira experiência, então é tudo novidade”, concordam Gabrielly e Thalia, sorrindo.
No Super Vipi, de acordo com o gerente geral Everton Crestani, as vagas existem desde a abertura da loja. “Sempre tivemos aqui, desde que abriu, em parceria com outras entidades além da Escola Oficina. É uma obrigação legal, mas também são pessoas que agregam. Eles vêm com uma bagagem de atendimento, de cursos que vêm para acrescentar e se destacam na equipe”, enfatiza. 
Atualmente, quatro adolescentes trabalham no Super Vipi: dois na frente de caixa e dois na reposição. Cerca de 80% dos menores são efetivados no término do contrato. Segundo Everton, o interesse da empresa seria em contratar 100%, porém, alguns escolhem outra atividade. 

Gabrielly e Thalia com a gerente Ivonete Marchezi Mendes, que destaca a vontade de aprender que as adolescentes têm.
Foto: Aline Leonardo/JdeB

 

 

 

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