Representantes da Prefeitura, Acefb, Amsop e Núcleo das Agências de Viagens tiveram contato com a direção da empresa.
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Quinta-feira, 26, o prefeito em exercício de Francisco Beltrão, Antonio Pedron (PSC), acompanhado do secretário-executivo da Associação Empresarial (Acefb), Joares Ribeiro, do diretor da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), Beto Arisi, de Mari Fiorentin, representando o núcleo setorial das agências de viagens e turismo, da Acefb, e o jornalista Flávio Pedron, do JdeB, tiveram audiência com Ronaldo Veras, assessor da presidência da Azul Linhas Aéreas, em Barueri, na grande São Paulo.
Em pauta, o pedido para a retomada da linha aérea entre os aeroportos de Francisco Beltrão e Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba.
O pedido dos beltronenses é para que seja retomada a linha que vinha numa crescente em ocupação do avião Cessna Caravan, com capacidade para nove passageiros e dois tripulantes. A linha funcionou de 22 de outubro de 2019 a 31 de março deste ano, pela companhia TwoFlex, que foi comprada pela Azul no começo deste ano.
Voltou a operar
A direção da Azul suspendeu todos os voos no Paraná e em outros estados que a TwoFlex, agora Azul Conecta, operava. Nos últimos meses, a Azul e a Azul Conecta estão voltando a operar em algumas cidades onde já operavam e em novas cidades.
Em entrevista ao JdeB, Ronaldo Veras disse que “nós estamos buscando os mercados que eram atendidos pela TwoFlex, que passou a se chamar Azul Conecta, estamos buscando os mercados como o Litoral [Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará], estamos fazendo uma malha de alta estação e estamos pesquisando pra retornar o mais rápido possível às praças que eram atendidos por ela”.
A empresa voltou a operar nos principais aeroportos paranaenses nos últimos meses. Reativou as linhas de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba) e é responsável por boa participação no competitivo mercado de aviação comercial no Estado.
Questionado sobre a possibilidade de reativação da linha aérea de Beltrão, Ronaldo Veras afirmou que “Francisco Beltrão está no nosso radar. Nós vimos que o potencial da cidade é extremamente interessante e era uma malha atendida pela TwoFlex e vai também ser colocada na negociação com o Governo do Estado”.
Antonio Pedron destacou a função da administração municipal de fomentar para que o voo seja retomado no Aeroporto Paulo Abdala. “O nosso papel [como poder público] estamos fazendo. Creio que chegamos no limite da nossa reivindicação. Agora depende da companhia e da renovação de um convênio com Governo do Paraná relativo ao ICMS do combustível de aviação.”
Antonio explicou que a visita a Ronaldo Veras, assessor do presidente John Rodgerson, “foi importante pra mostrar a potencialidade de Beltrão, falar do voo que já tivemos e também reivindicamos um voo que saia pela manhã e volte à noite, mesmo que seja um Cessna Gran Caravan”. As lideranças locais não querem um voo com escala em União da Vitória porque a viagem se torna mais demorada – 45 minutos a mais.
Novos contatos
O prefeito em exercício deve conversar com Eduardo José Bekin, presidente da ParanáInvest, responsável pela negociação entre o Governo do Estado e as companhias aéreas visando a redução da alíquota do ICMS do combustível de aviação, para que mais linhas atendam as cidades-polo do interior e a capital do Estado.
Antonio Pedron destacou o apoio da Acefb, da Amsop e outras entidades civis em apoio à reivindicação para a volta da linha aérea. “As entidades têm um papel importantíssimo neste processo”, comentou, acrescentando que “nós temos que lutar pelo que é nosso, o ideal seria uma linha que saísse de manhã e voltasse de noite a Beltrão”.
O secretário executivo da Acefb, Joares Ribeiro, disse que considera muito importante estes contatos pessoais em relação ao projeto da linha aérea, “porque Beltrão precisa melhorar com urgência estes deslocamentos; isso pra classe empresarial e o setor produtivo é extremamente importante”. Nesta parceria, a Acefb se dispõe até em apoiar a questão operacional da linha aérea, para sua viabilização.