Como no mesmo período o preço aumentou nas refinarias e distribuidoras, a queda para o consumidor foi de 2 centavos.

O levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás) apontou queda no preço da gasolina ao consumidor e também na margem de lucro bruta dos postos de Francisco Beltrão. A pesquisa foi realizada na última semana de fevereiro com base nas informações de oito estabelecimentos da cidade.
As margens de lucro, principal alvo de uma recomendação do Procon aos postos, foi de 43 centavos, cerca de 36% menor que a média da última semana de janeiro, de 68 centavos. Na época, Beltrão figurava com a segunda maior margem do Estado, hoje é a décima, mas ainda continua quatro centavos acima da média paranaense.
O preço final, no entanto, caiu dois centavos desde a ação do Procon, mas segundo a coordenadora do órgão, Helena do Couto, a determinação foi cumprida pela maioria dos estabelecimentos: é que o preço da gasolina na refinaria e distribuidoras aumentou nas últimas semanas e os postos seguraram parte do reajuste aos consumidores.
A ANP pesquisou 29 cidades e constatou que em Pato Branco a margem de lucro bruta dos postos é a terceira maior do Paraná, de 51 centavos.
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Procon se pronuncia
A coordenadora do Procon de Francisco Beltrão, Helena do Couto, contatou com o JdeB, em relação à matéria publicada na edição de ontem sobre o aumento nos preços da gasolina nos postos locais. Helena ressaltou que há perspectiva de aumento nos valores, não que irá acontecer.
A perspectiva de alta, conforme Helena, vem desde fevereiro porque o preço do etanol adicionado na gasolina aumentou 11% e na gasolina, nas refinarias, o aumento chegou a 30%.
Sindicato condena aumentos da Petrobrás
Desde janeiro, o preço da gasolina subiu 17,3% nas refinarias da Petrobrás, o diesel 16% e etanol 21,5% no último mês. O dado foi divulgado nesta semana pelo Sindicombustíveis-PR, o Sindicato que representa os postos do Estado, e que, em nota, condenou os sucessivos aumentos no preço da gasolina e do diesel.
A entidade explica que compra o combustível das distribuidoras, e não da refinaria, e que estas empresas praticam diferentes valores em diferentes cidades, além de repassar com maior agilidade os aumentos do que as quedas de preço.
“Entendemos assim que é uma grande injustiça direcionar aos postos, que também são vítimas, os questionamentos sobre as altas recentes. Estes questionamentos devem ser dirigidos ao Governo Federal, Petrobrás e distribuidoras. Os postos representam o último elo até o combustível chegar ao consumidor final, e por isso são o lado mais exposto e cobrado a dar explicações”, diz a nota.