
Idosos e deficientes físicos e visuais de Francisco Beltrão fizeram ontem, na Avenida Júlio Assis Cavalheiro, uma Caminhada pela Acessibilidade. O ato teve como objetivo chamar a atenção da sociedade beltronense e poder público para os direitos do grupo. Atualmente, segundo a Associação dos Deficientes Físicos e Visuais (ADFVFB), apenas 20% das vias e estabelecimentos do município são acessíveis – nem todos por completo.
Respeito, dignidade e inclusão são o mote da campanha, que reúne, além da ADFVFB, a Associação dos Idosos, Aposentados e Pensionistas do Sudoeste do Paraná (Iappesp). “Queremos construir uma sociedade mais acessível e inclusiva para todos. O objetivo é amplo, atinge a todos, desde cegos, cadeirantes até gestantes, lactantes ou mesmo quem trabalha e tem dificuldade de acesso às ruas e estabelecimentos”, sublinha Vilmar da Motta, 35, que é cego.
Segundo Félix Padilha, presidente da ADFVFB, a entidade estuda a criação de um selo que certifique prédios e ruas de acordo com o nível de acessibilidade apresentado. “Atualmente, apenas 20% dessas estruturas são acessíveis. É um direito garantido, todos somos contribuintes, pagadores de impostos”, diz.
Além do quesito arquitetônico, Vilmar lembra das “acessibilidades atitudinal e tecnológica”. “A atitudinal diz respeito ao ser humano, à atitude de transformar o que está inacessível em acessível. E a tecnológica é quanto aos meios eletrônicos, como sites e aplicativos”, ressalta.