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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Norberto Ortigara diz que tecnologia vai ampliar espaços na área da agropecuária

Secretário estadual da Agricultura palestrou na Arenatech, que integra a programação da Expobel.

O secretário estadual de Agricultura Norberto Ortigara esteve em Francisco Beltrão na noite de segunda-feira, 9, para proferir a palestra “Tecnologia e inovações na agricultura, desafios do agro 4.0, e projeções do agronegócio para os próximos 10 anos”. Norberto abordou dois temas que tem domínio de informações: tecnologia e agropecuária.

A palestra integrou a programação do Arenatech na Expobel. Na plateia, o prefeito Cleber Fontana (PSDB), secretários municipais, técnicos do setor agropecuário, estudantes, produtores rurais e vereadores. Noberto estava à vontade e fez até algumas brincadeiras sobre a região e o município com pessoas conhecidas que estavam na plateia.

Ele disse que o segmento de máquinas agrícolas continuará com nova evolução tecnológica, que a tendência é do desenvolvimento de máquinas elétricas em detrimento das máquinas movidas por combustível fóssil. Adiantou que “a inteligência artificial vai chegar na roça”. A inteligência artificial é a busca de informações por voz, dados, fotos e vídeos pelo smartphone, computador ou notebook.
Disse que há máquinas que já “falam entre si”. “Elas já estão aí e vão fazer muito mais”. Estes equipamentos poderão fazer leituras/análises de situações que encontram na agricultura/pecuária e poderão tomar decisões. “O problema é a conectividade, o sinal do celular, mas o leilão da tecnologia 5G tende a melhorar as coisas”, ressaltou o secretário. O leilão para explorar a tecnologia 5 – de comunicação – deve ser realizado ainda em 2020, pelo governo.

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As startups e aplicativos devem ganhar mais força e, com o tempo, estarão mais à disposição do homem do campo. No Paraná há 1.032 startups, 8,3% do total do Brasil. Destas, 119 trabalham em projetos voltados ao agronegócio. São jovens com talento desenvolvendo ferramentas para serem utilizadas no campo.

Norberto Ortigara, sobre a produção de leite no Sudoeste: “Estou feliz por vocês, que vão contar com a Concen, em Francisco Beltrão, e a Piracanjuba, em São Jorge D´Oeste”.

 

Norberto lembrou que os pais que moram no campo diziam para os filhos, que se eles não quisessem seguir a profissão de agricultor, que fossem estudar. “Hoje se inverteu isso. Se você quiser vir pra ´roça´, estude bastante”, ressaltou.

Norberto disse que as tecnologias já vêm sendo aplicadas na agricultura e a tendência é de uso ainda maior.

“Hoje já tem infravermelho pra detectar erva daninhas”, comentou, citando que este tipo de inovação vem sendo usado na região de Castro. Plataformas autônomas e robôs autônomos e movidos por energia solar também serão realidade no campo.

As novas tecnologias à disposição do agricultor poderão identificar pragas e doenças, deficiência ou insuficiência nutricional, poderão indicar a aplicação localizada de insumos ou necessidade de manejos. “Isso vai acontecer”, frisou o secretário.

Norberto, no entanto, observou que a região Sudoeste é formada por pequenas e médias propriedades rurais. Ao contrário do Estado do Mato Grosso, onde a média das propriedades é de mil alqueires.
Por isso, ele entende ser necessário esforços para possibilitar condições de acesso “a uma agricultura competitiva”.

 

Projeções de Norberto Ortigara

– Cultivo do algodão está voltando com força. Retomada maior nos estados do Mato Grosso e Bahia
– Produção de feijão: é um produto mais de consumo interno, mas há mercados em outros países para que o Brasil possa produzir feijões graúdos e exportá-los.
– Haverá crescimento no consumo de milho para abastecer os rebanhos avícola, suinícola, alimentação humana e produção de etanol.
– Soja: produção de 114.3 milhões de toneladas com previsão para chegar a 151 milhões de toneladas.
– Leite: o Sul já é o maior produtor de leite do Brasil, puxando principalmente pelo aumento da produção no Noroeste do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina e Sudoeste/Oeste do Paraná. Mas ainda é preciso melhorar a qualidade do produto. “Estou feliz por vocês, que vão contar com a Concen, em Francisco Beltrão, e a Piracanjuba, em São Jorge D´Oeste”.
– Cana: a produção cresce “fantasticamente”, apesar do pessoal falar que o açúcar faz mal à saúde. Mas pode se produzir açúcar ou etanol.
– Paraná está se consolidando no Brasil como o maior produtor de carnes de peixes, frangos, suínos, leite – em três a cinco anos será o maior produtor nacional de suínos.
– Silvicultura: 5% da produção agropecuária paranaense vem dos reflorestamentos comerciais.
– Paraná é o principal estado na produção agropecuária brasileira e o que tem produção mais diversificada no Brasil.
– O Paraná responde por 7% das exportações brasileiras. Em relação ao Brasil, o Paraná responde entre 13% a 14%¨dos produtos do agronegócio que são exportados.  

 

Produção agropecuária para os próximos dez anos

Na segunda parte da palestra, Norberto Ortigara expôs os números da produção agropecuária do Paraná e destacou que o Brasil e o Estado terão crescimento nas cadeias de suínos, aves, grãos, entre outras.

O Brasil deve colher cerca de 250 milhões de toneladas de grãos na safra 2019/2020. “Daqui a cinco safras vão estar produzindo 300 milhões de toneladas”, afirmou o secretário.
A área de cultivo que é de cerca de 66 milhões de hectares deve aumentar para 72 milhões. “Nós vamos crescer consistentemente na produção de grãos”, salientou.

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