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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Novo teatro, espetáculos de dança e coral maravilharam público que prestigiou inauguração promovida pela Unisep em Beltrão

Público, que lotou os 1.300 lugares (e ainda ficou gente em pé) mostrou-se grato pelo presente que o Grupo Meimberg dá a Francisco Beltrão e o Sudoeste, que agora possui a maior casa de espetáculos do interior do Paraná.

 

O teatro da Unisep lotou para o primeiro espetáculo com o Balé Bolshoi e a Orquestra e Coral da Usina de Itaipu, quarta-feira à noite. 
Fotos: Ivo Pegoraro/JdeB

As mais de 1.300 pessoas que foram prestigiar a solenidade de inauguração do Teatro da Unisep e os espetáculos do Ballet Bolshoi e o Coral e Orquestra da Usina de Itaipu estavam maravilhadas. Os elogios foram para o novo espaço de cultura e pelas belas apresentações da noite de quarta-feira, 24. Um presente do empresário Joseti Meimberg a Francisco Beltrão e ao Sudoeste. É o terceiro maior teatro do Paraná. Perde, em capacidade de público, apenas para o Guaíra e o Positivo, ambos de Curitiba.

A solenidade de inauguração foi bem objetiva. Joseti, como de costume, não quer falar. Ele faz, é um incansável empreendedor, os outros falam sobre seus empreendimentos. Ele acompanhou toda a solenidade sempre atento e afável no contato com as pessoas que o cumprimentavam.
Em nome do grupo, falaram o empresário Edson Casagrande (genro de Joseti Meimberg) e o neto Alexandre Meimberg Rigo, seguindo-se uma bênção do padre Valdecir Bressani. 
Para descobrir a placa inaugural, foram convidados os três netos primogênitos de Joseti e Terezinha Meimberg: Alexandre, filho de Regiane Meimberg e Gerson Rigo; Gabriel, filho de Angélica Meimberg e Edson Casagrande; e Larissa, filha de Ângela Meimberg e Paulo Baraldi.
A seguir, o mestre-de-cerimônia Adair De Toni anunciou o Ballet Bolshoi, de Joinville e, pra encerar a noite, o Coral e Orquestra de Itaipu. 
Loide Behne, dona de casa de Francisco Beltrão: “Foi excelente, divino, um espaço magnífico”.
Mirtes Regina Felippi, professora em Beltrão: “Foi maravilhoso, muito boa, tinha que ter mais dessas apresentações em Beltrão. É um espaço maravilhoso, a acústica, o espaço.” 
Jaime Guzzo, advogado e ex-prefeito de Dois Vizinhos de 1965 a 1969: “As duas coisas foram maravilhosas (os espetáculos e o novo teatro). O teatro é espetacular, uma coisa de Primeiro Mundo. Este teatro faz com que nós entremos no Primeiro Mundo, graças a homens como o Joseti Meimberg, que tem investido no Sudoeste. Ele é muito exigente no que faz.”
Hélio Jair de Freitas, diretor do Curso e Colégio Alliança: “É um espetáculo muito bom. Beltrão e região mereciam um espaço físico como este e também um espetáculo legal, bacana, de alto nível. Todos estão de parabéns: o Grupo Meimberg, o Balé Bolshoi, e que outros espetáculos que aconteçam aqui.”
A professora de música e maestrina Marinei Trentin, de Beltrão, comentou sobre o teatro e o concerto da orquestra e coral da Itaipu: “A presença deles enalteceu o evento, porque é uma apresentação diferenciada, coral e orquestra, conhecida internacionalmente. Eles apresentaram um repertório variado, mais MPB, um repertório acessível, que o público compreende”.

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Ao lado do avô Joseti Meimberg, Larissa, Alexandre e Gabriel descobrem a placa inaugural do Teatro Unisep.

 

Balé Bolshoi traz novos bailarinos para inauguração do Teatro da Unisep

A inauguração do Teatro da Unisep, campus de Francisco Beltrão, marcou também a estreia de 12 dos 14 integrantes do corpo baile jovem da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, sediada em Joinville (SC). O espetáculo teve duas partes, a primeira com balé clássico e o segundo, balé contemporâneo. A plateia demonstrou como os sudoestinos são receptivos e calorosos para a arte da dança, porque aplaudiram muito do início ao fim da apresentação.

Pavel Kazarian, diretor geral do Teatro Bolshoi em Joinville, explicou a apresentação do grupo em Beltrão, que teve duas partes distintas. “A primeira parte foi o clássico, aquilo que se espera do Bolshoi; a segunda parte é mais calma, mais contemporânea, com músicas brasileiras e latinas, um espetáculo mais pessoal, que faz as pessoas refletirem sobre o amor em suas várias formas”.

O que o Bolshoi
O Bolshoi de Joinville é a única extensão estrangeira do Teatro Bolshoi de Moscou, Rússia. Em março, a escola completa 16 anos de promoção da arte e cultura. Como escola, ela atinge as mais variadas classes sociais. Atende crianças e jovens nas faixas de 9 aos 18 anos. A missão da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é formar artistas cidadãos, promover e difundir a arte-educação. São 241 alunos, de 22 estados brasileiros, sendo 100% bolsistas. Os alunos estudam durante oito anos a dança e outras atividades correlatas ao balé e às danças. “É uma formação completa”, destaca Pavel.
A escola conta com mestres russos e brasileiros, qualifica bailarinos para o mercado profissional. É mantida por meio dos Amigos do Bolshoi, grupo formado por pessoas físicas e jurídicas, BRF e Governo de Santa Catarina. Após oito anos de estudos, o aluno participa de uma seleção para integrar o grupo principal do Bolshoi. Esta seleção ocorre anualmente entre os alunos da escola. Pavel salienta que “é o primeiro emprego deles, depois eles podem ir pra outras companhias; mas em primeiro lugar é uma escola que educa e prepara para carreiras internacionais”. 
Os números revelam a importância da escola: são 57 ex-alunos em companhias internacionais e mais de 100 no Brasil vivendo da dança, seja como bailarinos, professores, produtores e outras atividades relacionadas à dança. O Balé Bolshoi, da Rússia, conta com três bailarinos brasileiros provenientes do Bolshoi de Joinville. 
Pavel disse que a instituição trabalha para formação das pessoas. “é uma escola, a gente trabalha pras crianças, pra que eles se realizem, pra viver daquilo que a pessoa quer viver”.  

Bailarina do Paraná
Entre os novos integrantes do grupo de dançarinos está Letícia Olegário, de União da Vitória (PR). Ela tem parentes em Joinville e foi estudar na cidade catarinense. Representantes do Bolshoi foram a sua escola para selecionar alunos para a escola e Leticia passou no teste. 
Estudou oito anos na escola e recentemente passou na seleção para o grupo principal do Bolshoi. Ela confessou que estava bastante nervosa para sua primeira apresentação oficial juntamente com os demais colegas. Mas os bailarinos estavam bem preparados porque ensaiam bastante antes de pisar no palco para uma grande apresentação. “Foi bem bonito pro pessoal de Beltrão”, destacou. 
Letícia quer seguir carreira como bailarina e espera fazer sucesso. “Eu quero ganhar muita experiência pra depois ganhar os palcos do mundo”, disse. 
A segunda atração cultural da noite foi a orquestra e coral da Usina de Itaipu, formada por funcionários ativos e aposentados, brasileiros e paraguaios. O repertório foi composto por músicas brasileiras e latino-americanas, muitas já conhecidas do público. As pessoas também aplaudiram bastante os cantores e músicos. 

Muitos aplausos para as apresentações do Ballet Bolshoi de Joinville.

 

 

Profissionais destacam qualidades do novo teatro

Os cumprimentos pela inauguração do Teatro da Unisep não foram apenas para o diretor-presidente do Grupo Meimberg, Joseti Meimberg, seus familiares e diretores do grupo e da Unisep. Os arquitetos Josceni Flessak Bahia e Dalcy Salvati também receberam cumprimentos pelos projetos do teatro – arquitetônico, de caixa cênica e iluminação. O projeto de engenharia foi do arquiteto Francisco Pizatto, de Dois Vizinhos.
Dalcy fez o projeto do teatro da Unisep em Dois Vizinhos e agora o da Unisep Beltrão. Ele contou que o projeto da fachada externa foi inspirado na arquitetura Greco-Romana, com pilares imponentes – como os templos de Atenas, na Grécia. O hall de entrada segue o modelo neo-clássico, possui uma transição para o espaço da plateia, com uma estética contemporânea e decoração retro-clássica. 
O projeto deste novo espaço de cultura de Beltrão segue um pouco o estilo do teatro da Unisep de Dois Vizinhos. Dalcy, no entanto, ressalta que “aqui é um pouco maior”. 
O arquiteto contou sobre os primeiros contatos com o diretor-presidente da instituição antes da elaboração do projeto arquitetônico. “O seu Joseti só pediu que tivesse no mínimo 1.200 lugares. Ele não olha muito o projeto, gosta mais de ver a obra.” 
Os lustres enormes colocados em vários pontos do hall de entrada, além de estátuas chamam a atenção das pessoas. O primeiro lustre levou pelo menos um dia para ser colocado. Estes produtos chegaram encaixotados e, ao serem retirados, precisavam ser analisados como seria a colocação no teto. “É um quebra-cabeça, eles vieram dentro de caixas, a gente nem sabia exatamente o que tinha”, conta Dalcy. 
Dia 15, segunda-feira, conforme o arquiteto, havia muita coisa a ser feita no teatro para deixá-lo pronto para a solenidade de inauguração. “Segunda-feira ainda não tinha os lustres e tinha muita coisa pra fazer. Em dez dias se fez muita coisa”, revelou. 
A elaboração do projeto teve a participação do arquiteto Samuel Klawa e da equipe ADS Arquitetura, da qual Dalcy faz parte. Na noite da inauguração, o profissional circulou pelo hall e pela plateia, conversou com muitas pessoas e recebeu os parabéns pelo projeto. Ele estava contente com a conclusão e a inauguração da obra. “A gente se sente realizado; fazer um teatro desta envergadura, deste requinte, é muito difícil. Como profissional a gente tá buscando corrigir os pequenos problemas que aconteceram, a obra é complexa, não é como fazer blocos de sala de aula, envolve pessoas especializadas em palco, em acústica, sonorização, no revestimento das paredes (para a acústica)”, observou.
A arquiteta Josceni Flessak Bahia, que possui especialização em iluminação, fez os projetos da caixa cênica e de iluminação, ambos do palco. Ela informou que “foi um investimento altíssimo”. Mas valeu a pena porque as pessoas gostaram. Ela comentou que a caixa cênica “é alma do palco, podemos receber diversos espetáculos de alto nível”. 
A profissional destaca que o projeto do sistema de iluminação “faz toda a diferença no espetáculo, é a alma do espetáculo”. Sobre o teatro, Josceni comentou que “está com estrutura muitíssimo bem montada, nós temos um grande patrimônio. Seu Joseti foi um anjo que nos presenteou com este teatro. Foi um presentão em arquitetura, caixa cênica e iluminação”.

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