No primeiro semestre de 2019 ocorreram 38 feminicídios no Paraná.
O Núcleo Maria da Penha (Numape/FB) foi instituído em Francisco Beltrão em 2013. Realiza atividades de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, de modo interdisciplinar, com profissionais da área da psicologia, direito e pedagogia. Essas três frentes têm como principais objetivos coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher, compreendendo a violência em suas variadas formas, sejam física, psicológica, patrimonial, moral e sexual. A prevenção e o trabalho de conscientização sobre a violência contra as mulheres concretizam-se em diversas instituições, como escolas, universidades, clubes de mães e o público atendido pela rede de proteção, informando sobre os tipos de violência, quem a lei ampara e onde procurar ajuda. Importante considerar que 25 de novembro é considerado o Dia do Combate à Violência Contra a Mulher, nos lembrando da importância da discussão sobre o tema e da análise e reflexão a respeito das políticas públicas voltadas para esta temática. Sabemos que no primeiro semestre de 2019 ocorreram 38 feminicídios no Estado do Paraná e vivemos num País que, por seu dever constitucional, tem a obrigação de garantir a todas as mulheres uma vida digna, com respeito e segurança. A população paranaense é de 10.444.526 pessoas, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019). Sendo que 5.313.532 são mulheres, configurando 50,87% da população total. No período de janeiro a outubro de 2019 foram registrados 795 boletins de ocorrências de situações de violência doméstica em Francisco Beltrão, ocorrendo um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior (CAPE/SESP, 2019). O Paraná registrou um aumento de 24,6% nas ocorrências de violência doméstica no primeiro semestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Governo do Estado. Esta informação tem como ponto positivo o possível aumento do conhecimento das mulheres sobre o que é violência doméstica e os seus direitos à segurança e denúncia. Lutar contra a violência doméstica é tarefa de todos, deve ser assumida por homens e mulheres que postulam viver com segurança e igualdade.