Beltrão

Em 2015 foi aprovada uma lei em Francisco Beltrão para incentivar a doação de medula óssea no município. A iniciativa foi da vereadora Elenir Maciel (PP).
A lei consiste na criação de uma semana específica para palestras, cursos e atividades voltadas para fomentar, sensibilizar e difundir a necessidade de doação da medula óssea.
A lei foi sancionada na gestão anterior (administração do prefeito Antonio Cantelmo Neto, MDB, 2013-16).
Mas, segundo a vereadora Elenir, nem a Secretaria Municipal de Saúde e nem o Hemonúcleo organizaram campanhas.
Cadastramento contínuo
A assistente social Cristiane de Oliveira, do Hemonúcleo, disse que o trabalho de cadastramento é contínuo, inclusive com uma meta mensal de 50 novos pacientes a disposição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
A vereadora Elenir disse que o principal objetivo da semana é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de medula, com o intuito de ajudar a milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvarem as suas vidas.
Benefício para até 80 doenças
“O transplante de medula óssea pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Além disso, o doador ideal [irmão compatível] só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras, já para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis”, frisou a vereadora.
Os principais beneficiados com o transplante são pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves.
Semana em outubro
A parlamentar salienta que a semana deveria acontecer sempre no mês de outubro, conforme a lei aprovada.
Cresce número de voluntários
Os profissionais da área afirmam que o país caminhou muito nos últimos dez anos com o aumento de voluntários, dispostos a ajudar.
Cristiane de Oliveira, assistente social do hemonúcleo, garante que 80% dos pacientes que doam sangue, autorizam a retirada de uma amostra para o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Mas entendem também que é preciso fazer mais, especialmente para esclarecimento das pessoas sobre a importância da doação de medula óssea.
A orientação de Cristiane é que para se cadastrarem, os doadores devem se deslocar até o Hemocentro, preencher o formulário de identificação e o termo de consentimento. O procedimento é indolor e pode salvar vidas. A coleta de sangue acontece todos os dias das 8h às 14h, sem intervalo para o almoço. Mas o atendimento no local vai até 17h.
“Assim, se a lei for colocada em prática, os profissionais de saúde terão condições de sanar as dúvidas das pessoas, criando uma conscientização maior quanto a importância de futuramente ser um doador de medula óssea”, reforçou a vereadora Elenir.