A Igreja Católica celebra de 1º a 8 de outubro a Semana do Nascituro.
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Na missa de domingo, à noite, na Concatedral, durante o ofertório uma procissão da Pastoral Familiar.
Foto: Flávio Pedron/JdeB
Hoje é o Dia Nacional do Nascituro. Entre os dias 1º e 8 de outubro, a Igreja Católica no Brasil celebra a Semana Nacional do Nascituro. Durante as missas e encontros, padres e lideranças leigas enfatizam a defesa da vida desde o início da concepção. E um dos testemunhos foi dado na missa de domingo, 6, na Concatedral Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão. Os padres Deucir Poletti e Sérgio Algeri Filho celebraram a missa.
Durante a homilia, o padre Sérgio, responsável pelas finanças da Diocese, contou que um casal tinha um filho e a esposa estava novamente grávida. Houve uma complicação nos últimos meses da gravidez e a mãe teve de ir ao médico. Em dado momento, o médico chamou o pai, que é caminhoneiro, e lhe disse que o caso era grave, que teria de optar entre a vida da mãe ou do bebê. Mas a decisão foi pela manutenção da gravidez, mesmo com os riscos para ambos. O bebê nasceu e cresceu e mãe não morreu. No final, o sacerdote disse que a criança que nascera era ele. As pessoas aplaudiram o relato e a decisão do casal. No ofertório, a Pastoral Familiar levou para o altar várias pessoas, com cartazes, simbolizando as várias fases da vida.
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Terço no Calçadão
No Calçadão de Beltrão, de 1º a 8 de outubro, acontece a oração do terço às 18h e a celebração da missa às 19h, na Concatedral. Hoje será o último dia da reza do terço e da missa da Semana do Nascituro.
Neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Pastoral Familiar definiram a abordagem do tema “Em família, defendemos a vida! Com Alegria e Esperança”. Padre Deucir disse que cada dia é refletida uma temática a respeito da vida na Semana do Nascituro. “Defendermos a vida em família é a nossa missão, desde a sua concepção até seu declínio natural, então todos nós, enquanto cristãos, temos esta missão de defender a vida”, lembrou.
Ele também comentou sobre a relativização que pessoas, entidades e movimentos sociais têm feito em relação à vida, à defesa do aborto ou de a mulher ter posição sobre seu corpo e sobre a concepção. “Uma vez que tudo quer ser relativizado, nós não podemos relativizar também a vida, a vida é um dom de Deus, é um presente. Ninguém tem o direito de tirar a vida, nem a sua vida nem a do outro, um ser indefeso ou de qualquer natureza, porque a vida é de fato um presente de Deus e nós devemos valorizá-la.
Então, seja qual for, seja lá no ventre materno, seja lá com suas dificuldades, com seus desafios, com seus problemas e tudo mais, nós devemos, enquanto tiver um sinalzinho de vida, defender, temos que dar condições para que seja encaminhado para o melhoramento ou então colocar nas mãos de Deus, porque, afinal de contas, se nós temos vida, é porque alguém também nos ajudou e nos protegeu para que estivéssemos aqui”.
Posição contrária
A Igreja Católica é contra a tentativa de legalizar o aborto via projeto de lei no Congresso Nacional ou de votação da constitucionalidade da interrupção da gestação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).