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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Padre Walter diz que “tudo na vida é conquista”

Depois de 17 anos, ele está deixando a região para trabalhar na região de Curitiba.

 

Vereadores Lourdes Pazzini, Policial Brizola, Roberson Fiera, Paulo Grohs (ao fundo), padre Walter, Elenir Maciel, Cleber Fontana, Aires Tomazoni, Ivanir Tupi Prolo e Valmir Dile Tonello.

 

O padre Valter de Jesus Souza, 53 anos, recebeu terça-feira, 23, uma moção de reconhecimento da Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão, pelos relevantes serviços prestados à Diocese de Palmas e Beltrão. Num período de 17 anos, o sacerdote trabalhou nas paróquias Nossa Senhora de Lourdes (Planalto), Nossa Senhora da Salete (Francisco Beltrão) e Santa Rita de Cássia (Marmeleiro). 

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Agora está deixando a região e vai para a Diocese de São José dos Pinhais, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Piraquara. A iniciativa da homenagem é do vereador Roberson Fiera (PT), líder leigo da Paróquia Nossa Senhora de Salete.

Alegre com a homenagem do Legislativo, o padre disse: “Confesso que foi um surpresa, nunca esperei homenagem, aplausos. Eu tenho um estilo diferente, prefiro ter esta originalidade, mas eu sempre agradeço. Eu sempre digo que tudo na vida é conquista. E é tão bom reconhecer. Eu sempre digo, quando recebo um elogio, significa que estou no caminho certo. Quando recebo uma crítica, alguma coisa está errada.” 

Padre Valter deixa muitos amigos na região, que admiram seu trabalho e sua atuação religiosa. As missas de Cura e Libertação que promovia em Beltrão e Marmeleiro, nos últimos anos, reuniam grande número de pessoas. 
Em breve entrevista ao JdeB, o sacerdote falou sobre sua atuação e sua transferência.

JdeB – Essa sua ida para Curitiba se deve a que?
Padre Valter – Na verdade, a minha família é de Curitiba. Então, eu dizia agora mesmo que eu fiz uma trajetória vindo de Belo Horizonte, de Curitiba, pra Planalto, onde fiquei cinco anos, aí fiquei seis anos em Beltrão, no Pinheirinho, e agora mais seis anos em Marmeleiro. E aí o fato principal da minha volta às origens, é voltar à minha família. Meu pai está com 79 anos, minha mãe com 74, aí vem essa cobrança: então está na hora. Terminando este percurso de seis anos em Marmeleiro, evidentemente já seria o momento de uma possível transferência. Antecipadamente entrei em contato com o Dom José (Antônio Peruzzo, bispo da Diocese de Palmas-Beltrão), e aí encaminhamos a minha saída de Marmeleiro e desta região do Sudoeste do Paraná.

JdeB – O senhor tem uma forma diferente da questão litúrgica, da fé. Certamente deixa muitos amigos, muitas pessoas que gostam do senhor, do seu jeito carismático e pelas lembranças que o senhor vai deixar?
Padre Valter – Eu costumo dizer que na vida, a coisa mais linda que você faz é ter credibilidade. E a credibilidade de uma pessoa está na originalidade dela ser. Eu diria: isso são dons que cada ser tem. Eu, em momento nenhum, considerei alguém que se destacou de alguma coisa diferente. A cada dia eu coloco dentro deste meu estilo de ser. Eu acredito, quando falamos na Eucaristia, falamos na igreja, eu atribuo as celebrações como uma grande festa. E na grande festa sempre está alguém de frente. É como um show, dependendo da forma como aquele que está à frente é como que as coisas caminham. E esta da Eucaristia, o centro é Jesus Cristo, mas quando a gente se coloca como instrumento, e coloca esta originalidade do dom que recebeu, as coisas acontecem de forma diferente. Em momento nenhum, esses dias atrás eu falava, respondendo a algumas perguntas: Mas você é um padre carismático? E eu disse: Sou místico. Ou somos místicos, ou somos banais. Ou atribuímos um caminho pra Deus ou entramos no mundo. Então, todos os que aderem a esse ser místico, que é deixar o espírito conduzir, as coisas que acontecem é dele, e a forma como ele conduz depende dele. Então, eu sou grato, a cada momento eu venho dizendo isso: pelos lugares que passei, seja Planalto, seja em Francisco Beltrão ou Marmeleiro, a forma como que as pessoas aderiram. E eu sempre digo: um jogo não se ganha com craque, se ganha com o conjunto. E eu tive esse conjunto por todo o lugar que eu passei, seja os conselhos pastorais, a credibilidade com o técnico, que é o bispo, antes com dom Agostinho, depois com dom José, e essa credibilidade com o povo. Eu não sei fazer nada sozinho, eu dependo das pessoas. Então, eu tive essa sorte de ter comigo, dentro do meu trabalho, seja na organização paroquial, pessoas que trabalharam junto, dentro das celebrações, pessoas que abraçaram este meu estilo, e a cada dia a gente sente a alegria do povo. Eu não vejo nada como destaque, eu só vejo a cada dia olhando pra mim mesmo. É um dever cumprido, porque quando a gente faz aquilo que é inspirado por Deus, Deus conduz da maneira certa. E aí a gente vê que as coisas estão dando certo. 

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