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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Pela primeira vez, águas do Marrecas chegam ao túnel de contenção de cheias

Cheia de ontem já serviu para fazer o primeiro teste das obras, que ainda não estão concluídas.

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Vista geral da entrada do túnel do Marrecas, no Parque de Exposições de Beltrão. As águas do Urutago ontem estavam mais limpas. Foto: Gelson Corazza/Pref. FB.

Por Leandro Czerniaski – A chuvarada que pegou a cidade de surpresa esta semana também serviu para colocar à prova a eficiência do túnel de contenção de cheias, a maior obra do município. O projeto ainda não está finalizado (falta concluir o rebaixamento do Córrego Urutago, que liga o Marrecas ao túnel) mas permitiu que as pessoas entendessem na prática a proposta de desviar a água do principal rio da cidade para evitar as cheias.

Ontem à tarde, muita gente foi ao parque, onde está a entrada do túnel, para ver a água correndo pela passagem subterânea. “Agora ficou mais claro como acontece esse desvio”, comentou um casal que visitava o local. Na prática, a proposta é que, quando o leito do Marrecas suba, a água passe a correr também pelo Urutago, até chegar ao túnel. Dali, percorre os 1,2 km da galeria e deságua novamente no Marrecas, nos fundos do Conjunto Esperança, depois que o Rio passa toda a cidade.

O trecho do Urutago que recebe as águas desviadas ainda não está concluído. O leito está sendo aprofundado e alargado para receber o grande volume de água – serão até 285 metros cúbicos por segundo. Ontem de manhã, quando o Marrecas encheu, máquinas abriram caminho e a água passou a ser escoada pelo canal até chegar ao túnel. A cheia foi inesperada, mas serviu como primeiro teste prático das obras. “É algo que não estava programado e foi proporcionado pela própria natureza. Mas valeu o teste, porque mostrou que o projeto vai funcionar como está previsto”, comentou o prefeito Cleber Fontana.

Cheia de ontem já serviu para fazer o primeiro teste das obras, que ainda não estão concluídas.

Quase sete metros

A sexta-feira foi um dia de otimismo, após a cidade sofrer com as enxurradas do dia anterior, quando choveu 116 mm em poucas horas. O Lonqueador, Urutago e outros pequenos córregos e galerias não suportaram escoar tanta água e “saíram da caixa”, mas em pouco tempo já tinham voltado ao leito normal. Ontem, foi a vez do Marrecas “bufar”, concentrando a água que veio da região de Marmeleiro e Flor da Serra, onde também choveu bem. No medidor do Corpo de Bombeiros, o Rio chegou a atingir 6,9 metros no fim da manhã, quando o normal para seu leito é abaixo dos quatro metros. À tarde, a água começou a baixar e não invadiu nenhuma casa ou rua da cidade – a enchente ocorre quanto alcança por volta de 7,5 m.

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