
contra o carro da Polícia Militar.
Moradores tentaram agredir policiais militares na noite de sábado, 5, na Rua das Pombas, no bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão. Os policiais foram chamados, por volta das 20h, para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo. Quando chegaram ao local, não notaram nada de errado. Alguns minutos depois, momento em que retornavam, ouviram vários disparos provenientes da Rua das Pombas.
Ao abordar uma das moradias para averiguar a ocorrência, os policiais foram desacatados e deram voz de prisão a dois homens, que resistiram com socos e chutes até serem dominados e algemados. Quando eram conduzidos à viatura, algumas pessoas, não identificadas, tentaram resgatar os detidos, sendo necessário o uso de tonfa (cacetete) para conter o resgate. Durante a prisão foi apreendido um simulacro de arma de fogo que estava na casa.
O capitão Rogério Pitz, subcomandante do 21º BPM, disse que um dos homens usou uma criança de 12 anos como escudo.
Ao perceber a ação da polícia, um grupo de pessoas, de posse de pedras e paus, se aglomerou e começou a jogar pedras contra os policiais e contra os carros da PM. Duas viaturas e dois policiais foram atingidos. O oficial conta que a equipe era composta por cinco PMs e, de fato, houve luta e uso da tonfa para controlar a situação.
O Capitão Pitz disse que foi necessário efetuar disparos de arma de fogo para dispersar os moradores. De acordo com ele, a polícia está fazendo um levantamento e tem informações de que os tiros são resultado de uma disputa por ponto de tráfico de drogas. “A polícia não vai recuar, estamos lá para garantir a ordem e segurança das pessoas de bem e assim continuaremos nosso trabalho”, frisa.
Ele salienta que é a segunda vez que a PM vai à Rua das Pombas para atender ocorrências desta natureza. No dia 31 de março, à noite, a polícia recebeu denúncia de disparos de arma de fogo e foi até o bairro. Ao chegar, avistou um homem que começou a correr quando viu o carro da PM. “Ele entrou numa casa e se trancou. Os policiais tiveram que arrombar para prendê-lo. Logo em seguida, chegou a dona da casa, alegando que o rapaz era seu irmão, e começou a desacatar os policiais. Depois ela veio até o Batalhão, onde foi possível conversar e explicar a situação. A polícia não sabia se o sujeito estava armado ou não. Se tivesse obedecido a voz de abordagem na rua, não teria ocorrido o dano na casa.”
Pitz explica que a PM só entra em moradias se estiver atendendo uma situação de flagrante.