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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Preços dos imóveis estão estagnados na região

 

Em Francisco Beltrão, os preços dos imóveis pararam de subir. 

 

 Após vários anos de crescimento elevado, o preço dos imóveis perdeu força e está em fase de acomodação. Os reajustes médios daqui pra frente devem girar em torno de 6% a 8% ao ano, para recompor a inflação. O cenário é consequência do baixo desempenho da economia brasileira, que diminuiu a velocidade das vendas e elevou os estoques das incorporadoras.

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O esfriamento dos preços pode ser verificado pela pesquisa do Banco Central (BC), que é baseada no valor de avaliação dos imóveis feita pelos bancos na concessão dos financiamentos. Segundo o levantamento, o preço dos imóveis cresceu 3,2% no primeiro semestre – no período, a inflação medida pelo IPCA foi de 3,7%. 
O movimento também foi diagnosticado pela pesquisa Fipezap, feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios de vendas de imóveis na internet. Nos primeiros nove meses do ano, a alta atingiu 5,4%, nível acima do IPCA no período, de 4,6%. O levantamento abrange dados de 20 cidades, incluindo as principais capitais. 

Para o coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn, a acomodação dos preços está relacionada às restrições da demanda. “Os salários e os empregos não crescem tanto, e as taxas do crédito imobiliário estão subindo aos pouquinhos”, diz. 

O momento é delicado para as empresas, mas favorável para os consumidores, diz Bruno Vivanco, vice-presidente comercial da imobiliária Abyara. Com os estoques altos, os preços de novos projetos enfrentam concorrência das unidades ainda não vendidas. “Nunca passamos por um momento como esse, no sentido de estoque alto e descompasso no preço de lançamento.”
Mercado imobiliário se autorregula 

Em Francisco Beltrão, o coordenador do Núcleo das Imobiliárias da Acefb, Ivo Sendeski, comenta que os preços pararam de subir, em todo o país, desde meados do ano passado. “A procura diminuiu, porque a economia brasileira não vai bem. O imóvel é a primeira coisa colocada à disposição, à venda e então há muita oferta. O mercado imobiliário se regula por si só, pela procura e pela oferta. Então quando falam que são as imobiliárias e os corretores que aumentam os preços, isso não é possível, porque o mercado se autorregula”, esclarece Ivo. 

Em Pato Branco há redução da procura
Embora  a redução no preço dos imóveis ainda não tenha ocorrido em Pato Branco, o mercado tem sentido a queda nas vendas. “Tivemos em torno de 40% de redução nas vendas de imóveis. Ainda não percebemos diminuição de valores, mas com a menor procura há uma tendência de redução nos preços”, pontua Antônio Luiz, corretor da Imobiliária Invest.

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