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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

Prédio Fábris é do tempo que não havia supermercados

Prédio Fábris é do tempo que não havia supermercados

O problema de fundação surgido esta semana (e já contornado) no segundo prédio da família Fábris fez voltar um pouco na história da cidade. Quase 40 anos atrás.
A família Fábris veio de Lagoa Vermelha (RS), em 1950, para instalar serraria no Rio do Mato, interior de Francisco Beltrão, junto com os irmãos Liston.
Na metade dos anos 60, quando a industrialização da madeira nativa, principalmente o pinheiro, começava a dar sinais de extinção, os empresários do setor buscavam diversificar suas atividades. Sady Fábris resolveu abrir um mercado e, para isso, construiu o novo prédio, de dois pisos, nos fundos do prédio maior da família Fábris.
Segundo Olinda Faust Guancino (hoje residente em Curitiba), naquele tempo (1967) os dois maiores pontos de compras eram a Casa do Lavrador, propriedade de seu pai, Matias Faust (na rua Antonina, onde mais tarde funcionou o Supermercado Faust e hoje está a Frizzo`s Grill), e o Mercado Pérola, de seu sogro, Romano Guancino, também na rua Antonina, onde hoje está a Dispeçal.
Dona Ivone De Ross Fábris, viúva de Sady Fábris, lembra que naquela época não havia os supermercados de hoje, e o Mercado Fábris foi aberto com uma proposta nova, “só de produtos selecionados”. Mas durou poucos anos. “Ninguém mais queria tocar, daí fechamos o mercado e abrimos o Bug Lanches (outro estabelecimento que marcou época, mas este foi instalado no edifício maior da família Fábris).
No primeiro piso, um mercado; no andar de cima, dois apartamentos. “Num apartamento morava o Elísio Vetorello e o outro ficou para alugar, naquele tempo tinha poucos apartamentos na cidade, estava sempre alugado.”
Quanto à época, dona Ivone faz suas contas, lembra que foi no ano que seu pai faleceu (Balduíno De Ross, 11.10.12 a 2.1.67).
Sobre detalhes de construção do prédio, quem mais acompanhou foi Algemiro Barroso Fábris, mas ele não quis falar ao Jornal de Beltrão sobre este assunto.
Dona Ivone diz que faz tanto tempo que não tem mais nenhum projeto, “mas parece que era do engenheiro Deni Schwartz”.
Deni, que hoje cuida do gado em sua fazenda situada ao lado da barragem da usina de Salto Caxias, confirma que, embora tenha vindo para Beltrão como engenheiro do Getsop, cargo que lhe tomava muito tempo, e que foi prefeito de 69 a 72 e depois deputado, mesmo assim fez projetos, mais quando participou da criação da Empretec, em 1966. Mas especificamente deste prédio ele diz não ter lembrança nem certeza se foi ele quem projetou e executou.
(I.A.P.)

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