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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Prefeitura e empreendedores querem desenvolver o turismo rural

Entre tantos benefícios, como o incremento à hotelaria, comércio e outros serviços, o turismo também pode compensar os empregos perdidos nos setores de produção industrial.

Na Chácara Rios novas construções, até a área do campo de futebol será usado para desenvolver os novos projetos.

Fotos: Ivo Pegoraro/JdeB

O circuito turístico realizado ontem mostra que Francisco Beltrão acredita no seu potencial para explorar e quer investir mais nesta área. Atendendo convite da Emater e a Prefeitura, lideranças políticas e da comunidade visitaram três propriedades turísticas do município, para conhecimento da história, estrutura e perspectivas de cada uma, assim como provar seus alimentos e bebidas.

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As visitas foram à Chácara Rios, à Chacara Silva e à Cantina de Vinhos Betiatto, todas próximas à cidade. Em todas também teve pequenos discursos. “Francisco Beltrão vive um momento ímpar, todas as entidades estão falando em turismo, estamos iniciando hoje um novo ciclo de turismo no município”, disse a técnica social Sueli Baldo, do Instituto Emater.

“Francisco Beltrão está com uma nova mentalidade de estruturar o turismo. Estamos propondo planejamento para prender mais o turista por mais dias em nossa cidade”, emendou a interlocutora municipal de turismo, Janaína Melati, que tem sua função ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico.

O prefeito Cleber Fontana começou dizendo que o turismo é um tema importante para Francisco Beltrão. Tem potencial para desenvolver e, com ele, suprir vagas de trabalho deixadas por outros setores.

Ele comentou que, “qualquer atividade de produção cada vez usa menos mão de obra”. Citou a indústria Concen, que está se instalando no município para produzir manteiga. Dez anos atrás, uma indústria como esta precisaria de uns 500 funcionários e hoje (devido à automatização) faz com 130 ou 140. Onde compensar esses empregos? Em atividades alternativas e o turismo é uma delas”, disse o prefeito. “Temos que nos unir em torno do turismo, divulgar mais nossas potencialidades, a Prefeitura vai entrar firme nisso”, concluiu.

Os oradores ainda se referiram ao turismo cultural, que, sempre em épocas como agora, de fim de ano, traz muita gente para Francisco Beltrão devido ao Natal Encantado. Assim também outras áreas, como a rural, podem ser mais divulgadas e receber mais investimentos, começando com melhor planejamento.

Empresas sempre investindo
Na Chácara Rios falaram também o vice-prefeito e os proprietários Adão e Leonilde Rios, mais os filhos Dleiza e Giovani e o enfermeiro Jacir Koncikovski. Leonilde contou que a Chácara Rios começou quando ela e o marido se aposentaram, em 1997. A intenção era ter um local para lazer e eventos e o que mais teve demanda foi a parte da gastronomia. Mas os investimentos continuam, assim como a equipe tem crescido. Primeiro foi a filha Dleiza que deixou seu trabalho de 18 anos no Sesc para se dedicar à Chacara junto com os pais, depois o filho Giovani Marcelo, que está envolvido em novos projetos. Também está sendo anunciado, para o início do ano, o funcionamento de um centro para idosos.

“Tudo que entra aqui, a gente mantém a família e investe aqui”, disse Dleiza.

Na Chácara Silva, igualmente os investimentos não param, desde 1990, pelo casal Vilson Antonio e Ivanete Silva, que agora contam com a participação também dos três filhos: Rafael, João Antonio e Antonio Carlos. Além de sediar eventos como casamentos, aniversários e outras comemorações, a propriedade é diversificada, produz verduras orgânicas e frutas que são fornecidas para a merenda escolar e dona Ivanete se especializou na produção de chás (os visitantes de ontem experimentaram vários tipos, gelados ou quentes, conforme o gosto). Também aluga campos de futebol e está concluindo a instalação de piscinas que serão alugadas aos visitantes a partir do início de janeiro.

Sueli Baldo destacou a importância da diversificação da propriedade, tanto para essas visitadas como as outras nove que fazem parte do ciclo de turismo rural Caminhos do Marrecas, “porque a safra do turismo vai de novembro a março e para os outros meses tem que ter outras fontes de renda”. Sueli também falou da sucessão familiar, que se pôde ver nas propriedades visitadas: os filhos trabalham junto com os pais.

Na Chácara Silva, os visitantes do circuito de turismo rural, realizado ontem em Francisco Beltrão, puderam ver uma verdadeira coleção de fuscas, entre outros atrativos. 

 

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