Índios que vêm para Beltrão comercializar artesanato terão um espaço para se instalarem com dignidade.
Durante 30 dias, 90 representantes da tribo indígena caigangue estiveram visitando Beltrão. Todo ano, por volta desta época, o município costuma receber representantes da população nativa do País, que saem das reservas por certo período, para comercializar artesanatos.
Na tarde do dia 6, sexta-feira, os indígenas que estavam em Beltrão voltaram para sua tribo, em Nova Laranjeiras (leia mais em Índios que estavam em Beltrão voltam para tribo). No entanto, nos 30 dias em que estiveram em Francisco Beltrão, viveram em um espaço privado, que ocuparam sem permissão do dono e que não oferecia condições de vida digna.
Segundo Leandro Legramanti, secretário de Assistência Social de Francisco Beltrão, essa população indígena deve ser prioridade das políticas de assistência, porque estão em situação vulnerável. No entanto, Beltrão não possui um espaço para recebê-los. “A partir do momento que o índio entra no município e a Assistência Social tem conhecimento disso, ela deve imediatamente prover todas as condições mínimas necessárias para garantir uma estadia com dignidade. Mas, infelizmente, hoje Beltrão não tem um local adequado, então eles acabaram se arranjado neste espaço”, comenta Leandro.
No entanto, considerando que a população indígena possui os mesmos direitos que cidadãos não indígenas, e que também possuem a liberdade de deixar a reserva para comercializar seu artesanato em certos períodos, Leandro afirma que o município fará o possível para garantir sua dignidade quando estiverem em Beltrão. “Já tivemos uma conversa com o prefeito Cleber Fontana (PSDB) e ele entendeu a questão social como um todo e já deu carta branca para providenciarmos um local adequado para os próximos indígenas que aqui vierem.”
