O presidente da Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão, Paulo Grohs (PSDB), em visita à redação do JdeB, ontem, falou sobre as enchentes ocorridas no perímetro urbano em 2014. Para o vereador, chegou o momento de ação em relação ao problema. “Tá na hora de tirar os projetos da gaveta. Vamos lembrar das enchentes só quando chove?”, questionou.
Ele lembrou da audiência pública realizada recentemente, com a participação do Ministério Público, Câmara de Vereadores, poder público, Comissão Municipal de Defesa Civil e outras entidades que discutiram sugestões para o combate às cheias dos rios beltronenses. Posteriormente, a Defesa Civil entregou ao prefeito Cantelmo Neto (PMDB) um plano de contenção das enchentes com uma série de medidas que podem ser tomadas.
Em linhas gerais, o documento sugere a continuidade da dragagem dos rios e a conclusão da limpeza e do aprofundamento do leito do Rio Marrecas. Paulo, que mora no bairro Cristo Rei – uma das comunidades afetadas – diz que só vê uma solução para o problema: “Retirar as famílias destes locais e instituir áreas de preservação ambiental nas margens dos rios”.
Paulo Grohs sugere que se retire um grupo de famílias ribeirinhas por ano. Se não fizer isso, na opinião do vereador, “jamais nós vamos resolver” o problema. O parlamentar acredita que se tiver um plano de retirada e recolocação destas famílias, os alagamentos serão resolvidos num prazo de 15 anos. “Tem que ter um projeto de longo prazo, mas que saia do papel”, enfatiza.