Foi sucesso de público o primeiro Startup Meetup Francisco Beltrão realizado na quinta-feira à noite, na cervejaria Schaf Beer. O evento foi organizado pelo Núcleo Beltronense de Empresas de Tecnologia (Nubetec), Sebrae e Centro de Inovação Tecnológica (CIT), com objetivo de conectar empreendedores, investidores, desenvolvedores, aceleradoras e interessados na cena startup. O clima foi de interatividade, descontração, com muita informação, chope e possibilidade de novos negócios.
O objetivo do Startup Meetup é justamente esse. Segundo Elóis Rodrigues, um dos organizadores, as pessoas se reúnem para trocar ideias, cartões de visita, buscar investidores e conseguir parceiros para desenvolver projetos. “As startups são empresas com alto grau de incerteza, mas que se der certo têm grande potencial de lucratividade.” Várias edições do evento já foram realizadas no país, inclusive na região (Pato Branco e Dois Vizinhos), seguindo o modelo nascido nos Estados Unidos.
Edson Mackeenzy, CEO e fundador da empresa Videolog S.A, expert em transmissão e compartilhamento de vídeo, organizou um twitaço, uma dinâmica para aproximar mais os participantes do Startup Meetup e mediou um bate-papo com Rodrigo Balotin, formado em marketing e fundador e coordenador do Iguassu Startups, uma rede de mobilizadores regionais do ecossistema de startups no Paraná.
Balotin é uma das principais referências do segmento no Estado e conta que começou a se envolver com startups em 2009, quando se mudou para a China, para trabalhar na área de comércio exterior. “Em 2010 tive o primeiro contato com startup. Na época eu nem fazia ideia o que era startup também. Em 2012, voltei para Foz do Iguaçu.”
Segundo ele, os eventos por aqui ainda eram novidade quando fundou o Iguassu Startups, que é um grupo de empreendedores que participa voluntariamente, organizando eventos do gênero. “São empreendedores com muito interesse em fazer o ecossistema se desenvolver.” Em pouco tempo foi realizado o primeiro Startup Weekend, evento que acontece no fim de semana, quando vários empreendedores, mentores e investidores de reúnem para criar negócios.
Balotin percebe que durante o Startup Weekend “a galera se motiva pra caramba pra fazer o negócio acontecer”. Para ele, a maior dificuldade ainda é fazer as pessoas entenderem o conceito de startup. Outro empecilho é o desenvolvimento de um ecossistema sustentável, que precisa de uma série de agentes envolvidos como empreendedores dispostos a fazer eventos, investidores anjos, fundos de investimento, instituições de ensino, incubadoras. Isso é muito difícil de se formar.
“É importante que cada um destes atores trabalhe de forma conjunta para que haja um desenvolvimento sustentável. É uma forma dos empreendedores desenvolverem suas startups na região e não precisem sair para outros centros.” Balotin reforça que o contato com as pessoas nestes eventos é fundamental para o surgimento de novos negócios, mas para isso tem que se envolver, interagir, ganhar visibilidade.
“Em Foz, nós fazemos um trabalho de formiguinha e a gente tá crente que no futuro vai conseguir transformar a região, a economia e dar mais condições e oportunidades para que os empreendedores possam ter uma chance, para que, além de se formar na faculdade, possam empreender.”
