Evento foi realizado segunda-feira, na Unipar, com auditório lotado.

Alunos, professores e profissionais de Estética participaram na noite de segunda-feira, 8, de uma palestra de conscientização sobre a necessidade de regulamentação da profissão de esteticista. O encontro foi coordenado pela professora Luana Tedesco, do curso de Estética e Cosmética da Unipar, com participação das profissionais do Núcleo de Estética e Saúde Complementar (Nesc) da Associação Empresarial (Acefb). Os deputados Assis do Couto (PT) e Wilmar Reichembach (PSC) mandaram assessores representá-los no evento.
A profissão foi criada pela Lei 16.745/2002, que necessita de regulamentação. Na Câmara dos Deputados há três projetos que tramitam com esse objetivo, mas nenhum interessa ao Mutirão Regulamentação de Estética e Cosmética. Os organizadores entendem que as propostas ampliam os serviços do esteticista para outros profissionais, o que enfraquece a categoria. Os textos também só preveem a certificação e não a regulamentação, com criação de conselhos regionais. O curso superior de Estética pode ser feito em três anos (o tecnicista) ou em quatro anos (bacharelado).
A profissão foi trazida para o Brasil na década de 1950. Atualmente, mais de 100 instituições de ensino oferecem o curso de Estética e Cosmética. A Unipar foi pioneira no Paraná em oferecer o curso na modalidade tecnológica em 2003, inicialmente na unidade de Umuarama e nos anos seguintes em Cascavel, Toledo, Paranavaí, Francisco Beltrão, Cianorte e Guaíra. Só na Unipar são formados por ano cerca de 350 alunos e já são mais de 3.500 profissionais formados e atuantes na área.
Com a criação dos cursos superiores de tecnólogos em Estética e Cosmética, autorizados pelo MEC, permitindo ainda a realização de especialização, mestrado e doutorado, um grande avanço na qualificação profissional foi alcançado. Contudo, a professora Luana observa que a profissão ainda carece de reconhecimento legal. “Todos os profissionais buscam constantemente aperfeiçoamento e qualificação a fim de proporcionar melhores resultados para seus clientes e segurança no trabalho prestado. Porém, muitos não sabem diferenciar um profissional que passa anos estudando de um que faz um curso de final de semana”, reclama.
De acordo com ela, 15 projetos de leis já tramitaram no Congresso na tentativa de legalizar a profissão, mas todos foram arquivados. Foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff (PT) a lei 12.592, que reconhece as profissões de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador as enquadra no setor de atividades de higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal. Ele foi sancionado, mas não chegou a ser regulamentado. Porém, na opinião de Luana, o projeto é falho, pois não diferencia o grau de titulação da categoria, umas das principais reivindicações. Ela afirma que a exigência do movimento é por um projeto que regulamente a profissão e permita a criação de um conselho federal, facilitando a fiscalização.