Essa é a previsão para a conclusão da obra que irá aumentar a capacidade de tratamento da Sanepar, em Francisco Beltrão, para 22 milhões de litros por dia.

Foto: Adolfo Pegoraro/JdeB
O gerente da Sanepar de Francisco Beltrão, Celço Arisi, passou a tarde de terça-feira, 26, prestando esclarecimentos a representantes de associações de moradores da Cidade Norte.
A população está reclamando do revezamento de abastecimento de água, divulgado amplamente pela Sanepar na semana passada. Segundo Celço Arisi, a situação está no limite, pois a capacidade atual é para tratar cerca de 16 milhões de litros de água por dia, exatamente o consumo diário de toda a cidade de Francisco Beltrão. “Estamos no limite. Se tudo funcionar certinho, sem queda de energia, sem excesso de chuva e sem secar nenhum rio, nós conseguimos atender todo mundo. Mas estamos fazendo o revezamento dos bairros para garantir uma certa reserva em caso de emergência”, comentou o gerente, que prevê para maio a conclusão das obras de ampliação do tratamento de água da Sanepar.
“Com a conclusão da obra, que está prevista para maio, nós vamos ampliar em cerca de seis milhões de litros de água por dia em Francisco Beltrão. É mais ou menos o que consomem a Cidade Norte e o Bairro Padre Ulrico juntos, ou seja, cerca de 30 mil habitantes. Nós vamos passar de 16 para 21 milhões de litros de água tratada por dia. Mas, até lá, vai ser preciso paciência dos moradores”, acrescentou.
Para o gerente da Sanepar em Francisco Beltrão, a recomendação de momento para a população é economizar água até maio. “A gente pede conscientização para a população, para evitar de desperdiçar água. Pelo menos deixar de lavar o carro e a calçada nas sextas e sábados, dias de maior consumo na cidade. Isso já ajuda. Ter caixa d´água também é muito importante, pois muitos moradores nem percebem que faltou água tendo essa reserva na própria casa”, afirmou.

os representantes de associações de moradores da Cidade Norte, terça-feira à tarde.
Foto: Adolfo Pegoraro/JdeB
Cuidados às sextas e aos sábados
Conforme as estatísticas da Sanepar, os dias de maior consumo de água em Francisco Beltrão são as sextas e os sábados. Celço Arisi comentou sobre os cuidados com desperdício, principalmente nesses dias. “No domingo a gente já consegue recuperar legal, tanto que na segunda-feira não tem revezamento. Mas se houvesse uma economia maior, não faltaria água. Não temos como obrigar o usuário a não desperdiçar, a menos que seja um caso de calamidade pública.”
Cidade Norte
Participaram da reunião com Celço Arisi vários presidentes de associações de moradores da Cidade Norte: Rodrigo Bitencourt (Jardim Primavera), Nilva Oss (Pinheirinho), Rosalina Vieira Gonçalves (Pinheirão), Maria Zuleica Chaves (Cantelmo) e Gilberto Zanella (Júpiter).
“A gente pediu pra vir aqui conversar em nome dos moradores do nosso bairro, porque sempre achamos que era discriminação com a Cidade Norte, porque é sempre as nossas casas que ficam sem água. Mas foi bom ter vindo aqui para as orientações. A Sanepar nos mostrou que não é de má-fé. Vamos esperar que melhore. A gente só gostaria que melhorasse o sistema de comunicação da Sanepar nos avisos de desligamento. Somente na rádio fica complicado, porque se não estiver ouvindo, passa. Teria que mandar pela internet também, seja pelo Facebook ou pelo WhatsApp”, sugeriu Rodrigo.
“Nós também estamos preocupados com o saneamento básico, pois alguns bairros não têm tratamento de esgoto e muitos dejetos são jogados perto das casas, causando um mau cheiro”, complementou Nilva.

Foto: Assessoria
Hospital Regional e Hemonúcleo têm preferência
Celço Arisi disse que a Sanepar tem apenas uma atenção especial com o Hospital Regional Walter Pécoits, na Água Branca, e o núcleo de hemodiálise, no Centro, perto do Hospital São Francisco. “Esses dois lugares não podem ficar sem água. Por isso a gente tem uma atenção especial sempre. Se não tiver água, para todo o trabalho de hemodiálise”, justificou o gerente da Sanepar.
Sobre o Centro da cidade, Celço Arisi disse que essa região não fica sem água porque é trajeto dos demais ligamentos. “Se a gente desligar o Centro, outros bairros também vão ficar sem água, por que a estrutura montada passa por essa região. Então não é preferência pelo Centro e nem discriminação da Cidade Norte, é apenas uma questão de estrutura já montada mesmo”, definiu Celço Arisi, que reconhece o compromisso da Sanepar, mas não deixa de atender a população para falar do assunto.

Foto: Assessoria