A atividade de confeccionar laços começou após a recomendação médica para o tratamento de uma depressão.

O goleiro José Joaquim Dutra Júnior, o Quinzinho, nasceu em Blumenau (SC), e jogou em grandes clubes do país, incluindo passagem pela Seleção Brasileira. Chegou em Francisco Beltrão para jogar no Marreco Futsal e lá se foram três intensas temporadas. No fim de 2019, já cabeleireiro formado, atendendo no salão Dois Irmãos, ele anunciou sua aposentadoria. De quebra, ele aproveitou para incentivar ainda mais a sua esposa, Ana Paula, com seu projeto de artesanato, a Rosa Chiq, que tem uma história muito interessante e que agora está trazendo uma novidade para a Expobel, um “truck de laços” rosa, que promete encantar mulheres e meninas durante a feira.
“A ideia é da minha esposa, eu só comprei a ideia dela. Como eu parei de jogar, agora nos tornamos empreendedores. Estou realizando o sonho dela e da nossa família também.
Como é um truck, podemos engatar no carro e fazer outras feiras no Paraná e também no Brasil, pra vender esses laços tão lindos feitos pela minha esposa Ana Paula, com tanto amor que ela faz”, diz Quinzinho, que preferiu ficar morando em Francisco Beltrão após a aposentadoria como goleiro de futsal. “Foram três anos intensos jogando no Marreco. Não só por mim ficamos aqui, mas minha esposa e minhas filhas gostaram muito de Francisco Beltrão. Temos nossos familiares em Santa Catarina, mas eles precisam nos visitar aqui, porque é uma cidade calorosa e tem bastante coisa pra fazer também.”
Como começou a empresa?
Segundo Ana Paula, a confecção de laços começou por uma recomendação médica: “Tudo começou no Rio Grande do Sul, depois de uma depressão muito forte que eu tive. A médica me sugeriu pra eu fazer alguma coisa pra distrair a cabeça. Aí comecei a fazer laços para as minhas filhas. Na escola, os pais das outras meninas e os professores começaram a pedir se eu vendia. Foi aí que comecei a produzir o artesanato para vender. Depois engrenei na feira da praça em Venâncio Aires e aí foi onde tudo começou. Eu larguei a fisioterapia, que eu já trabalhava em uma clínica lá, pra me envolver só com os laços”, conta a empreendedora. Ela mesmo produz o material que vende. “Eu que produzo tudo, todos os dias da semana, de domingo a domingo. Estou na feira da praça aos sábados e atendo muitas encomendas também da cidade e até pra outros estados.”
Aposentadoria
O goleiro Quinzinho diz que ainda está se adaptando a não ter mais a rotina de viagens em jogos da Liga Nacional. “Um pouco dolorido ver o pessoal jogando ainda, mas eu tenho outros projetos, faço trabalho voluntário na minha congregação de Testemunhas de Jeová pregando de casa em casa, também aqui na Rosa Chiq e atendo como cabeleireiro no salão Dois Irmãos.”