Sem rotatórias e com novo asfalto, os carros têm trafegado com velocidades acima do limite. Os moradores pedem medidas como semáforos e lombadas, para evitar acidentes.

Por Jônatas Araújo – O Jornal de Beltrão conversou com moradores da Rua Maringá, que demonstram preocupação com a velocidade dos veículos na via após o novo asfaltamento e a retirada das rotatórias. Enquanto conversávamos com os moradores, presenciamos muitos veículos trafegando em alta velocidade e um quase acidente entre a Maringá e a Rua do Seminário.
Franci Matos passa pelo local diariamente para levar sua filha de nove anos à Escola Municipal Pedro Algeri. Ela afirma que o trânsito ficou perigoso desde as reformas. Apesar de morar na região, não se sente segura em deixar a filha fazer o percurso sozinha.
Franci Matos: “Os carros passam com muita velocidade, principalmente neste horário em que os alunos estão voltando para casa. Não há calçadas seguras. Seria preciso ter semáforos e lombadas para diminuir a velocidade dos carros”.
Amador Castanha, morador próximo à AABB, diz que, apesar das melhorias na Rua Maringá, os motoristas estão abusando da velocidade. Ele não tem preferência por semáforo ou rotatória, mas defende qualquer medida que reduza a velocidade.
Amador Castanha: “Os caras não respeitam a faixa [de pedestres]. O asfalto ficou um tapete, estão andando chutado aqui. Meio-dia e seis da tarde são os piores horários. Eu não ando aqui nem de bicicleta, tenho medo. As calçadas também são um problema, você não consegue andar”.
A professora aposentada Cecília Nesi Rossi mora na Rua Maringá há 40 anos. Ela diz que as mudanças recentes trouxeram insegurança para os moradores, pois os motoristas não estão respeitando os limites de velocidade. Para ela, semáforos seriam a melhor solução.
Cecília Nesi Rossi: “Tem muitos motoqueiros e carros passando em alta velocidade à noite. Virou uma via rápida. Pra sair de carro, é difícil. Eles não param. Ficou linda? Ficou. Mas eles têm que pensar se vão colocar uma sinaleira. A via tem limite de 40 quilômetros por hora, mas ninguém respeita”.
Carla Regina Freitas de Aguiar morou no Bairro Seminário por 14 anos, mas há seis meses se mudou para a Rua Maringá. Ela afirma que a velocidade dos veículos já era alta antes das melhorias, mas piorou com a retirada das rotatórias.
Carla Regina Freitas de Aguiar: “Tem carro que chega nesta descida e encosta o assoalho no chão de tanta velocidade. É preciso semáforo ou rotatória, mas assim não dá pra ficar. Na semana passada, um carro pegou uma moto nesta esquina. Os moradores estão preocupados”.
Marli Pasold, proprietária da loja Empório dos Tecidos, conta que, antes das melhorias na via, presenciou alguns acidentes na Maringá com a Giocondo Felipe. Agora, percebe que, ao menos em sua região próximo ao CTG, os motoristas estão mais cautelosos.
Marli Pasold: “Tem bastante faixa e sinalização, mas seria bom ter mais placas visíveis para os motoristas. Perto das escolas, seria ideal instalar lombadas para reduzir a velocidade”.
