Associação de mercados vai construir nova sede em Renascença.
No começo do mês, o presidente da Rede Forte de Mercados, Willen Bocchi, de Clevelândia, anunciou em entrevista ao Jornal de Beltrão que a associação definiu sua transferência para um imóvel em Renascença. No local, a rede construirá a nova sede própria e um atacado. A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Francisco Beltrão, Jovelina Chaves, concedeu entrevista ao apresentador Almir Zanette e ao repórter Rafael Júnior, da Rádio Educadora, quinta- feira, 14, quando falou de diversos assuntos, entre eles a saída da Rede Forte de Beltrão.
Ela disse que estava informada sobre a situação. “Nós acompanhamos todo esse processo e estivemos lado a lado da Rede Forte durante todos os encaminhamentos; na verdade, não é de agora esse processo, é um processo já que vem de longo prazo, inclusive até na época que o Denilso Baldo [atual diretor-administrativo da entidade] era secretário da Indústria e Comércio. Na ocasião, ele, que é o coordenador da rede, também esteve empenhado na verificação de áreas, e a gente [a atual administração municipal] veio trabalhando junto com eles, tem uma área hoje em Francisco Beltrão que precisava abrir essa rua; o poder público se comprometeu nos processos e infelizmente a gente tem que entender também a questão deles. Eles verificaram as áreas que para eles eram de interesse em Francisco Beltrão e não conseguiram fechar negócio”, justificou.
Preço bem atrativo
Jovelina acrescentou que “o município não tem uma área disponível com logística para eles e, onde eles se interessaram, as áreas eram de valores muito altos. Então acabaram de optar por Renascença, em virtude também de um dos diretores da rede, o seu Dal Ponte, ser dono do Mercado Central de Renascença e tem também um poder muito grande na questão de verificar uma área boa para eles, com logística. Eles estavam com uma disponibilidade, com um investimento previsto de R$ 300 mil, então pagaram R$ 100 mil em uma área de dez mil quadrados em Renascença e com o restante eles vão conseguir construir a estrutura que pretendem, pelo menos por hora”.
A associação congrega 115 mercados de pequeno e médio porte das regiões Centro-Oeste e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, tem vários produtos com marca própria e gera cerca de 30 empregos diretos. A rede surgiu em Beltrão há dez anos e teve como um de seus fundadores e primeiro presidente Darci Zancan (falecido). Como é associação, ela não paga ICMS. A entidade compra produtos em grande escala e os repassa a preços competitivos para os pequenos mercados.
A repercussão
Jovelina acrescentou que “a gente fica triste, evidentemente, sabemos também que a rede, em termos de valor agregado e impostos, ela não tem ativos, ou seja, ela não contribui. A gente fica triste pelos empregos que a rede gerava, mas temos que começar a repensar algumas coisas. Temos recebido muitos investidores na secretaria e a gente tem detectado que um dos fatores são os valores bastante elevados dos imóveis em Beltrão, principalmente nas regiões que têm uma logística, que os investidores têm interesse”.
Pensar no futuro
A secretária aproveitou a entrevista para pedir que os proprietários de imóveis reflitam sobre o crescimento do município. “Eu deixo aqui um convite para o nosso empresariado, para os proprietários de terreno: ajudem a pensar Francisco Beltrão no sentido que, se eu quero que se desenvolva aqui, eu tenho que pensar, também, quanto isso vale realmente pra que a gente possa atrair novos investidores.”
