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Francisco Beltrão
terça-feira, 17 de junho de 2025

Edição 8.227

17/06/2025

CADERNO COLONOS E MOTORISTAS

Seu Idalino Menon, o “Mezenga”, encontra nova ocupação como motorista de aplicativo

Idalino Menon, 64 anos, conhecido como “Mezenga”, aposentou-se como motorista de caminhão após 33 anos de profissão, mas não conseguiu ficar longe do volante. Dirigir para um aplicativo de mobilidade tem sido uma maneira de complementar a renda da aposentadoria e evitar de ficar em casa o dia todo. “Olha, eu não tenho um horário fixo de trabalho. Um dia começo cedo, outros mais tarde, e à noite também, até umas 20 horas”, conta ele.

Idalino trabalhou na Camilotti por nove anos como operador de máquina (empilhadeira), antes de se tornar motorista de caminhão da própria empresa. Na época o salário de caminhoneiro era melhor e foi isso que motivou ele a mudar de função. “Em 1985, tirei a habilitação pra caminhão e no ano seguinte comecei a puxar tora. Ia buscar nos matos em Sinop e Sorriso e levava pra laminadora em Várzea Grande. Depois, comecei a transportar as lâminas do Mato Grosso para a indústria em Francisco Beltrão. Naquele tempo, dava pra marcar bem certo os períodos de seis meses de chuva e seis meses de sol. Então, ficava os seis meses trabalhando direto pra aproveitar, porque quando chovia não tinha como tirar a madeira dos matos.”

O apelido “Mezenga” surgiu na época da novela Rei do Gado (exibida pela Rede Globo em 1996 e 1997), em que o personagem interpretado por Antônio Fagundes tinha esse nome. O apelido pegou com os amigos do rádio PX, que era um passatempo e a única forma de Idalino se comunicar com a esposa e família enquanto estava na estrada.

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Segundo Mezenga, houve um tempo em que os motoristas eram mais valorizados e também era mais seguro trabalhar na estrada. “Havia mais respeito no trânsito. Se desse um problema no caminhão, muitos paravam pra te ajudar conforme podiam.”

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