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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Transporte coletivo deve ter mais horários e abrangência

Administração municipal quer ampliar o serviço em 25%.

 

Representantes de diversos segmentos da sociedade
participam da audiência pública. 

 

Nas próximas semanas, a administração municipal de Francisco Beltrão deve realizar a licitação para concessão das linhas de transporte coletivo, cumprindo a exigência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR), que determinou a realização da concorrência para as devidas adequações necessárias.

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Com isso, a intenção é melhorar significativamente a prestação do serviço, ampliando a abrangência do transporte em novos bairros e locais pouco atendidos, oferecendo mais opções de horários e conexões, além de adotar diversas tecnologias para dar mais segurança, praticidade e conforto aos usuários.

Na tarde de ontem, a administração municipal realizou uma audiência pública para apresentar os dados levantados e as intenções de melhorias que deverão ser adotadas. A equipe da empresa Lahsa Arquitetura e Planejamento apresentou um projeto elaborado, que deverá nortear o processo licitatório. Representantes de diversas entidades, associações e poder público estiveram presentes na audiência, que ocorreu no auditório do centro de eventos do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior.

Frota melhor

Conforme o projeto, a intenção é manter as duas linhas de operação (Norte-Sul e Leste-Oeste), com uma ou duas empresas operantes (atualmente são duas ? Scheid e Guancino). A exigência é que a empresa possua uma frota de 22 veículos com idade média de quatro anos. ?Com o novo sistema, o objetivo é aumentar em 25% a demanda de atendimento, suprindo a necessidade de vários locais que não estão sendo atendidos. Queremos buscar maior competitividade possível, pois isso gera melhorias constantes?, declarou José Ferreira, da Lahsa.

Com relação aos veículos, a intenção é manter a utilização dos micro-ônibus e ônibus básicos, mas implantar em breve os articulados, para agilizar o transporte e melhorar o fluxo, principalmente na região central da cidade.

Para o processo licitatório, que dará concessão de dez anos, as empresas deverão pagar uma outorga que, aliada à qualidade da frota apresentada, serão os fatores para definir a empresa vencedora. ?Os valores da outorga serão utilizados na criação da Diretoria de Transportes Coletivos, pavimentação das vias dos itinerários, melhoria dos pontos e dos terminais, instalação de painéis informativos com linhas e horários, implantação de hardware e software para informatização do sistema, entre outros?, argumentou Silmara Brambilla, também da empresa Lahsa.

Mais tecnologias

De imediato, o objetivo será a substituição total dos atuais bilhetes de papel pela bilhetagem eletrônica, com cartão magnético. Em cidades como Pato Branco, por exemplo, o sistema já é utilizado, conforme a Lahsa. Além disso, a tarifa será inicialmente fixada em R$ 2,60, com possíveis benefícios e descontos para empresas, além dos benefícios legais concedidos para estudantes, idosos e portadores de deficiências.

Ainda conforme o projeto, todos os veículos terão câmeras e monitoramento por GPS. ?Com isso, será possível informar nos painéis dos terminais o horário do ônibus, se está no horário ou vai atrasar. As câmeras darão mais segurança e melhor acompanhamento dos veículos. Também pretende-se promover uma padronização da frota, utilizando as cores do município?, disse Silmara.

Após a apresentação do projeto, foi aberto espaço para opiniões e questionamentos. Vários participantes reclamaram da situação do serviço prestado atualmente, bem como das dificuldades de acessibilidade aos portadores de deficiências. ?Vamos adequar para ficar o melhor possível. A comissão está estudando os dados desde setembro do ano passado. Melhorando o transporte, estima-se aumentar o número de usuários do serviço?, disse o secretário de Administração, Saudi Mensor.

O que dizem os usuários

Ontem, pela manhã, no terminal urbano de Francisco Beltrão, a reportagem do JdeB ouviu a opinião de vários usuários do transporte coletivo. Apesar de a maioria apresentar alguma sugestão ou reclamar de alguma situação, no geral, a opinião é de que o transporte coletivo do município é razoável. 

Para o jovem Robson Lima, estudante, 14 anos e morador no bairro São Miguel, o serviço é bom e o atendimento dos profissionais supre as expectativas. Porém, ele acredita que os horários poderiam se estender até mais tarde. ?À noite é um pouco ruim, pois depende o horário já não tem mais transporte, e para o pessoal que estuda fica um pouco difícil?, aponta.

Para Alana Guarda, de 18 anos, que utiliza o transporte todos os dias para trabalhar, o ideal seria rever principalmente alguns horários de conexões. ?Eu moro no Industrial e trabalho no Novo Mundo, e todos os dias tenho que ficar 40 minutos no terminal aguardando a conexão, e no inverno isso é bem ruim. Tem muita gente que utiliza este mesmo trajeto, e poderia ser revista essa questão?, sugere.

A professora Edna Carvalho, de 54 anos, elogiou o serviço. Ela mora no bairro Pinheirinho e utiliza o transporte coletivo principalmente para resolver questões pessoais ou mesmo fazer compras no centro. ?Os horários são ótimos, atendimento dos motoristas e cobradores é sempre muito bom, e os ônibus também são bons. A única coisa que poderia mudar é a tarifa, porque para o trabalhador, principalmente, fica um pouco ?salgado??, diz.

Quem também elogia o transporte coletivo é Luiz Gustavo Baldissera, de 28 anos. Ele mora no Centro, mas trabalha como garçom no bairro Água Branca. Ele acredita que o serviço supre a necessidade da maioria dos beltronenses. ?O transporte coletivo está muito bom, é bem metódico, com poucos atrasos. Não tenho reclamações, sou sempre muito bem tratado pelos profissionais, que na maioria das vezes tem respeito e comprometimento?, afirma.

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