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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Uma campanha do agasalho diferente

Empresário investe na colocação de placas com cabides em pontos estratégicos. Doa roupas quem quiser e pega quem precisar.

 

A placa foi instalada estrategicamente em pontos de intensa circulação de pessoas.
Foto: Everton Leite/JdeB.

 

O frio intenso já passou, mas as noites beltronenses ainda continuam geladas. Enquanto muitos têm condições de se proteger das baixas temperaturas, de tomar um bom vinho, próximo da lareira e bem agasalhados, muitas pessoas não têm o mesmo privilégio e vivem neste período a estação mais tenebrosa do ano.

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Por isso, diariamente acompanhamos pelos meios de comunicação ou através de entidades a famosa campanha do agasalho. Os gestores públicos também se engajam na campanha e sabem exatamente, através de cadastro, quem realmente precisa de auxílio.

Porém, por um motivo ou outro, muitas pessoas passam por necessidades, precisam de roupas mais quentes, mas não têm dinheiro para comprá-las. Por isso, o empresário Volnei Silva, da Pallazzo Music, resolveu investir numa campanha do agasalho diferente.

“Estamos sempre antenados com os problemas do dia a dia, por isso, trouxe para Beltrão uma campanha que já existe em outros locais e que vem dando certo. Nós disponibilizamos placas com cabides na frente dos bancos, na praça e em algumas lojas, especificamente para atender as pessoas que moram na rua”, conta. “As pessoas passam e deixam a roupa pendurada. A pessoa que precisa, pode pegar e usar. Está dando muito certo a nossa campanha e cada vez mais as pessoas estão ajudando”, completa.

Ainda há resistência, mas a população está se habituando à ideia. As placas com cabides foram disponibilizadas em pontos estratégicos onde há intensa movimentação de pessoas. “Os interessados em colaborar estão sempre na correria do dia, mas sabendo que o cabide está no caminho que ele vai fazer, fica mais fácil para recebermos as doações. Já as pessoas que necessitam estão realmente usando as roupas doadas.”

Quem tiver qualquer dificuldade em fazer a doação ou de localizar os cabides, pode entrar em contato com o empresário Volnei Silva através do número (46) 3057-5002 que alguém passará recolhendo as roupas.

 

Falta de respeito

Apesar de ser uma campanha que tem como objetivo ajudar ao próximo, algumas pessoas não respeitam a iniciativa do outro. Aliás, depredam e estragam aquilo que foi disponibilizado. Em três pontos, no centro de Francisco Beltrão, a plaquinha está fixada na árvore ou no poste, mas os cabides foram arrancados, impossibilitando que as roupas fiquem penduradas e que novas doações sejam feitas.

Vendedora de uma loja de óculos, Andreza Leite revela que foram verificar nas câmeras de segurança quem tinha cometido o ato de vandalismo e perceberam que a ação foi proposital. “Fomos embora depois do trabalho e estava tudo certo, no outro dia, quando chegamos, tinham arrancado os cabides. Olhamos nas câmeras de segurança da loja e vimos que foi um ato de vandalismo”, comenta Andreza, indignada com a situação.

A placa continua no mesmo lugar, fixada na árvore, em frente à loja, mas os cabides não foram substituídos.

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