Beltrão

Uma das ligações entre o civil e o Exército é a história de Fancisco Beltrão. Esquadrão do Exército lança Informativo Sentinela do Sudoeste.
Fotos: Leandra Francischett/JdeB
A participação da população é fundamental no trabalho do Exército Brasileiro, como destaca o tenente-coronel Luiz Claudio Ferreira de Araujo, comandante do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado. “Esta participação se dá não só com sugestões e informações por meio das mídias sociais, que nos alimentam de informações afetas à missão do Exército, como também através das campanhas, como de combate à dengue e ao novo coronavírus.”
O Esquadrão acaba de lançar o Informativo Sentinela do Sudoeste, com a intenção de atingir não só o público interno, como também militares da reserva e civis. “A ideia é resgatar essa ligação histórica que a sociedade beltronense tem com o quartel.”
Em geral, o informativo tem três aspectos: noticiar as atividades desempenhadas; aproximar-se da população, uma vez que há soldados de Beltrão, Dois Vizinhos, Eneas Marques e Itapejara D’Oeste, dentre outros; e um terceiro ponto, que deve entrar na próxima edição do informativo, é divulgar a participação de civis nos eventos históricos que aconteceram com a presença do Exército.
“Um exemplo muito característico aqui da cidade foi a Revolta dos Posseiros, na décade de 50, além do episódio do Tenente Camargo, em 1965. A ideia é que a gente possa resgatar essa história pra que faça parte não só da nossa, como também da história da cidade.”
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Participação do 16º Esquadrão no combate ao novo coronavírus
Por Leandra Francischett
O Exército Brasileiro como um todo está envolvido sobretudo no apoio logístico, como explica o tenente-coronel Luiz Claudio. “Na região, em Pato Branco, por exemplo, montamos uma barraca para triagem de suspeitos da Covid-19. Em Beltrão, temos também montada uma barraca no CRE (Centro Regional de Especialidades). Além disso, no início do combate à pandemia, quando o comércio estava fechado, fomos à cidade com equipes para maior conscientização da população.”
Outra medida em benefício da população é a campanha de doação de sangue. Toda semana, um efetivo de militares faz uma campanha constante de doação de sangue. “Além disso, tivemos também uso do nosso gerador/refletor em um dos postos de bloqueio da cidade, em apoio ao pessoal da Secretaria de Saúde e da Polícia Militar.”
Como está o bloqueio na fronteira?
“São diversas atividades desempenhadas pelo Exército Brasileiro, em todo o País. Além do atendimento às prefeituras, estamos realizando o bloqueio da fronteira, na região de Capanema. Desde o início da operação, que já dura cerca de 40 dias, cerca de 30 homens, em sistema de rodízio, permanecem na Aduana, da ponte do Rio Iguaçu, que faz divisa com a Argentina”, responde tenente-coronel Luiz Claudio.
Diante da pandemia, a tradicional comemoração do Dia da Cavalaria, em 10 de maio, não acontecerá, pra evitar aglomerações.
Próximas ações
“Quando não estamos nas atividades de preparo, estamos nas atividades de emprego. Nesse momento, devemos continuar sendo empregados não só na área de fronteira, como também em apoio às prefeituras locais. Por sermos uma Força de Emprego Estratégico, é provável que, ao término da operação Covid-19, haja uma intensificação das atividades de preparo, em detrimento do emprego na fronteira, quando teremos a possibilidade de dar continuidade à instrução e à formação de nosso efetivo, sobretudo nossos recrutas. Isso, tanto para as ações de garantia da lei e da ordem, quanto para as de defesa externa”, acrescenta o tenente-coronel Luiz Claudio.
Entre as práticas diárias do 16º Esqd. C. Mec está a manutenção dos meios de emprego militar, como viaturas e armamento, além dos exercícios de adestramento de instrução da tropa. “Nosso período de instrução vai de março até dezembro. Durante esse período, normalmente, a partir de setembro, temos uma fase que para nós é importantíssima, que é a fase de adestramento, em que tudo aquilo que foi aprendido nos períodos básico e de qualificação se integra nos pelotões, para que os militares sejam empregados como tropa de Cavalaria Mecanizada, que é o caso do nosso 16.”, declara o comandante.