Se for mantida a decisão da pasta, escritório de Pato Branco deve ser desativado.

Foto: Flávio Pedron/JdeB
A Unidade Técnica Regional Agropecuária (Utra) do Ministério da Agricultura e Pecuária de Francisco Beltrão, que tem abrangência sobre 26 municípios da microrregião, deve assumir também os serviços na região de Pato Branco a partir do dia 21 de março, uma segunda-feira. Isto só não acontecerá se houver uma reviravolta na decisão da superintendência estadual do Ministério de fechar a Utra de Pato Branco, anunciada esta semana pelo JdeB.
No Paraná serão desativadas as unidades de Pato Branco, Castro – ficará sob a jurisdição da unidade de Ponta Grossa – e a de Toledo – que se reportará à unidade de Cascavel. A Utra de Pato Branco conta com seis servidores efetivos e um cedido pela Prefeitura. Será feito um estudo técnico que determinará a redistribuição dos funcionários de acordo com as demandas da região.
Se for confirmada a decisão de desativar a Utra de Pato Branco, a unidade de Beltrão ficará responsável por toda a região Sudoeste e mais alguns municípios da região Centro-Sul. A seção de Francisco Beltrão funciona num prédio localizado na esquina da Rua Ponta Grossa com a Av. Luiz Antônio Faedo, no centro. Há um convênio entre a Prefeitura de Beltrão e o Ministério. A Prefeitura disponibiliza um servidor e paga o aluguel da sala. O Ministério entra com os seis servidores, parte deles atua no Serviço de Inspeção Federal/Produtos de Origem Animal (SIF-POA).
Oradi Caldato articula movimento contra desativação de escritório do Ministério da Agricultura
O presidente da Associação de Sindicatos Rurais do Sudoeste do Paraná (Assinepar) e do Sindicato Rural de Pato Branco, Oradi Caldato, e o prefeito Augustinho Zucchi (PDT), iniciaram uma mobilização para evitar o fechamento da Unidade Técnica Regional Agropecuária (Utra) do Ministério da Agricultura e Pecuária no município.
Oradi já enviou um ofício à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, manifestando a preocupação das lideranças de Pato Branco e região, de agricultores e empresas do agronegócio quanto à decisão da superintendência estadual em desativar a unidade regional do Ministério da Agricultura no município.
Na correspondência ele lembra que não há praticamente custos para o Governo Federal na manutenção do escritório regional porque a Prefeitura de Pato Branco paga o salário de um funcionário e o aluguel da sala. Os demais funcionários praticamente trabalham na supervisão de abates de animais em frigoríficos, em unidades de produção de sementes e rações. “Não se justifica a retirada”, frisou Oradi.
Ele acrescentou que “é uma perda muito grande para a região de Pato Branco. Não estou medindo esforços”. O líder rural mandou ofícios aos deputados Leandre Dal Ponte (PV), Fernando Giacobo (PR) e Assis do Couto (PDT), e aos senadores Gleisi Hoffmann (PT) e Álvaro Dias (PV) para que intervenham e evitem o fechamento da unidade do Ministério.
O prefeito Zucchi também está mobilizado para tentar evitar a desativação do escritório. Zucchi teria ligado para o superintendente estadual da pasta em Curitiba, Daniel Gonçalves Filho, pedindo que a decisão seja revista. Prefeitos de municípios da região de Pato Branco estão sendo mobilizados para que contatem com os deputados e senadores.
Oradi pediu, inclusive, que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraná (Faep) apoie o movimento.
“Esse escritório trouxe muitos benefícios pra nós”, destaca o presidente da Assinepar.
