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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Uso de cisternas é alternativa para reaproveitar água e reduzir enxurradas

Em Beltrão, desde 2016 é obrigatório que imóveis com mais de 135 m² de área construída tenham cisterna.

 

Arthur Cantelmo: sistemas de captação
e distribuição devem estar previstos nos projetos.

Neste Dia da Água, comemorado hoje, alternativas voltadas à preservação e reaproveitamento ganham destaque. Uma que está se popularizando nos últimos anos é a construção de cisternas em casas e empresas, uma forma de dar novos usos à água da chuva. 
Em Francisco Beltrão, por exemplo, desde 2016 é obrigatório que imóveis com mais de 135 m² de área construída tenham cisterna com capacidade mínima de 500 litros. A condição é necessária para que os proprietários recebam a certidão de Habite-se da Prefeitura. 
O acompanhamento tem início ainda na aprovação do Alvará de construção, com a inclusão da cisterna nos projetos arquitetônicos e de engenharia, uma previsão fundamental segundo o arquiteto Arthur Cantelmo. “O ideal é prever a cisterna no projeto hidráulico e hidrossanitário; isso facilita em muito quando de uma reforma que contemple a cisterna ou na própria instalação do sistema de captação da água e de sua distribuição”, diz. 
Segundo o arquiteto, a economia no consumo de água é grande e há vários tamanhos de cisterna disponíveis e que se adequam na realidade de cada imóvel. A compra e instalação de um cisterna residencial custa em torno de R$ 2 mil se utilizado o bombeamento, mas pode baratear em caso de uso da gravidade. 
Em residências com área construída menor que 135 m2 a captação da água da chuva é opcional, desde que o imóvel não faça parte de condomínio ou complexo industrial.

Benefícios

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Adriano David: cisternas permitem
economia e evitam que água vá 
para galerias pluviais.

 

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Adriano David, o uso de cisternas traz uma série de benefícios, tanto para moradores quanto para a cidade. 
“Além de em períodos chuvosos as pessoas conseguirem reter água para utilizar na limpeza de calçadas e carros e assim economizar na fatura, a água que vai para as cisternas deixa de ir para as galerias pluviais e, em caso de chuva forte, ajuda a reduzir o impacto ou mesmo evitar enxurradas que possam atingir ruas e casas”, explica. 
O principal objetivo da exigência de cisternas em imóveis maiores é evitar que toda água da chuva escoe pelas galerias para córregos, rios e regiões mais baixas da cidade, causando alagamentos.

 

JdeB armazena 40 mil litros
No JdeB o reaproveitamento d’água é uma realidade há alguns anos. As caixas em que é armazenada a água da chuva têm capacidade para cerca de 40 mil litros e abastecem o sistema de limpeza de equipamentos da gráfica. Além disso, parte da água é utilizada no sistema sanitário da sede do jornal, na irrigação do campo de futebol, jardins e hidrante. 

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