UTFPR entrega cestas com doações de campanha

Estão sendo atendidos estudantes não amparados por programas do governo federal e alguns funcionários terceirizados que não estão trabalhando.

A pandemia do coronavírus preocupa porque o vírus é agressivo e não distingue pessoas por classe social. Diante da paralisação das atividades econômicas e das aulas no ensino infantil, fundamental, médio e superior para reduzir o pico de contágio das pessoas pelo vírus, muitas pessoas ficaram sem dinheiro, trabalho e mantimentos para si e suas famílias. Em Francisco Beltrão, a suspensão das aulas na UTFPR e do funcionamento do restaurante universitário deixaram alguns estudantes desassistidos.

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No campus da UTFPR de Beltrão foi feita uma campanha de arrecadação de recursos financeiros para a compra de cestas de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal. Os produtos foram comprados no Supermercado Beana, do Bairro São Miguel, que embalou as cestas e as entregou para a universidade.

A primeira etapa de distribuição de cestas para alunos e funcionários começou ontem e prossegue hoje. Funcionários e professores passaram nos endereços indicados para a entrega dos produtos. Serão beneficiadas cerca de 70 estudantes e quatro a cinco funcionários terceirizados, dos setores de limpeza e segurança.

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Como foi feita a seleção
Alexandre Alfaro, diretor da UTFPR de Beltrão, explica que “a maioria dos nossos estudantes, ou pelo menos uma parte bem significativa, não é do município de Francisco Beltrão, da região Sudoeste. Nós estamos preocupados em saber se parte dos estudantes ainda permaneciam na cidade e quais eram os motivos. Então, nós enviamos os formulários para esses estudantes, perguntando basicamente como eles estavam, qual era a situação e se havia alguma necessidade, com intuito de mapear essa situação”.

Cerca de 500 respostas com os formulários foram devolvidas para a universidade; parte dos alunos declararam que estavam enfrentando algum tipo de dificuldade. Alfaro acrescenta que “a universidade tem o que nós chamamos de “Assistência Estudantil”, que é um recurso destinado pelo Governo Federal para auxílio dos estudantes, que inclui auxílio alimentação, auxílio habitação. E o que nós fizemos? Nós levantamos todos os estudantes que nós temos na cidade, e cruzamos [os dados] daqueles que iriam receber ou estão recebendo o auxílio, e aqueles que, por algum motivo, não recebem, porque não conseguiram, porque não se enquadram nos padrões, porque ficaram fora da lista de corte, porque a gente sabe que muitas pessoas têm necessidades, mas têm pessoas com mais necessidades. Então, nós pegamos essas pessoas e fizemos a ‘mineração´ desses dados, e chegamos nesses 70 alunos, que são aqueles que não recebem nenhum outro tipo de auxílio e estão enfrentando dificuldades e tiveram que permanecer no município por algum motivo e não retornaram às suas cidades de origem”.

O diretor explica que após o levantamento de dados “nós pegamos esse número, que hoje é de 70 estudantes, mais ou menos, e fizemos a abertura de uma conta específica pra essa ação; fizemos uma mobilização interna dos servidores, apresentando o formulário, apresentando os dados e fizemos a primeira arrecadação que atendeu as expectativas, nós conseguimos suprir as necessidades. Nós estamos com expectativa de ações futuras, porque ninguém sabe a duração dessa pandemia, então essa ação vem com o intuito de ajudar as necessidades esse mês, mas possivelmente vamos ter que fazer outra no mês que vem ou no outro, e assim por diante. Neste momento [nas próximas etapas], nós vamos estar pedindo apoio da comunidade no sentido de alguma forma poder nos atender”.

O que contém cada cesta
Feijão carioca, óleo de soja, arroz, extrato de tomate, açúcar, sal, macarrão parafuso, macarrão espaguete, macarrão instantâneo, peixe (sardinha), latas de ervilha e milho, peito de frango (1kg), ovos (dúzia), pão de forma, manteiga, café solúvel, suco em pó, pipoca, sabonete, papel higiênico (4 unidades), creme dental e detergente.