A afirmação é de dois empresários do setor.
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O setor de energia solar está bombando.
A opinião é de dois empresários que vendem e instalam os equipamentos.
O segmento de elaboração de projetos, venda e instalação de equipamentos de energia solar no Brasil está “bombando”. A opinião é compartilhada pelos empresários Aldair Cambuí, proprietário da empresa Energy Sol, e Edson Flessak, diretor da Flessak Eletro Industrial, de Francisco Beltrão. “Tá bem aquecido, graças a Deus”, destaca Cambuí. O crescimento nos negócios tem crescido de 300% a 400% ao ano. Edson Flessak comenta que “o mercado [de energia solar] tá bombando, todo mundo quer ter”.
Aldair Cambuí salienta que passou a fase das pessoas e empresários que queriam ver a coisa acontecer para depois ir atrás ou de esperar como seria o comportamento de mercado e a procura. “A procura é boa no Brasil inteiro”, enfatiza o empresário. Em Francisco Beltrão há 18 empresas que atuam neste segmento, embora pelo menos quatro sejam as maiores e com mais tempo de atividade.
Aldair conta que até alguns anos atrás a demanda era majoritariamente de empresas. Mas há pouco tempo começou a aumentar a demanda de pessoas que querem instalar equipamentos de energia fotovoltaica em suas casas. O empresário estima que entre 2018 e 2019 o crescimento no segmento residencial tenha sido de aproximadamente 30%. Mas o número de clientes da Energy Sol é maior no segmento empresarial.
Subsídio em debate
O fim do subsídio para o uso da energia fotovoltaica na rede das companhias elétricas pode impactar nos negócios das empresas que fazem projetos, vendem e instalam estes equipamentos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer o fim do subsídio. Se a medida for tomada, o negócio deixará de ser atraente para quem comprar a partir de agora.
Mas o presidente Jair Bolsonaro já disse que é contra a mudança nas regras e acionou os presidentes David Alcolumbre (DEM), do Senado, e Rodrigo Maia (Câmara), para que seja aprovado um projeto de lei contrário às mudanças. Se isso acontecer não haverá um clima de insegurança para investidores e empresas do setor.
Financiamentos
Edson Flessak destaca que o acesso se tornou mais simples a esta tecnologia. “A energia solar é muito incentivada, ela veio pra ficar, é acessível pra qualquer um”, sublinha o empresário. Apesar do crescimento da procura no setor residencial, atualmente a Flessak está focada nos projetos maiores. Uma das justificativas é que nos últimos anos sugiram muitos concorrentes, inclusive de pequeno porte.
Atentos ao crescimento da demanda por energia solar, os bancos e cooperativas de crédito passaram a disponibilizar linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas adquirir os equipamentos. Mas Edson ressalta que “tem que analisar muito bem as taxas de juro”. O interessado deve avaliar a taxa de juro, taxa de retorno e o período de financiamento. Se for uma taxa de juro alta, possivelmente não valha a pena, ainda mais porque o Brasil registra inflação anual baixa.
De acordo com Cambuí, hoje as instituições de crédito não estão mais exigindo garantia real para financiar os projetos. Os próprios equipamentos servem de garantia para as instituições que financiam, caso o tomador não pague o financiamento.
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