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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Vilmar Motta assume Associação dos Deficientes Físicos e Visuais de Beltrão

 

 

Vilmar Motta, que é cego, assume a Associação
dos Deficientes Físicos e Visuais de Francisco Beltrão. 

 “O principal desafio é lutar pela acessibilidade, pela inclusão produtiva da pessoa com deficiência e, principalmente, pela garantia dos direitos, esclarecer a pessoa com deficiência sobre seus direitos e como chegar até eles”, afirma Vilmar Motta, na assembleia, dia 9, na qual tomou posse como presidente da associação. Dia 12 de março, os associados votaram em três nomes para formar a chapa e, dia 9, a eleição foi referendada, para uma gestão de dois anos.   
Vilmar é cego, tem uma agência de telemensagens e propaganda digital e faz participações na Rádio Princesa. Ele destaca que o maior problema está na falta de “acessibilidade atitudinal”, que é a acessibilidade de atitudes perante pessoas com deficiências. “Infelizmente, muitos tratam pessoas com deficiência como doença. A Lei Brasileira de Inclusão, em conjunto com a Convenção da ONU, diz que deficiência não é doença, é apenas uma limitação.”
Segundo Vilmar, a intenção é mostrar que a associação tem força política para reivindicar. “Só quando nos unirmos é que vamos conseguir força e representatividade política suficiente para chegarmos diante dos organizadores do sistema e dizermos para eles quais são nossas reivindicações.” 
Ele cita a Convenção da ONU como uma conquista, inclusive do Brasil, que se fez presente com diversos representantes, como Dr. Ricardo Tadeu, o primeiro desembargador cego da Justiça do Trabalho. 
Atualmente, a associação trabalha no assessoramento, para fazer valer os direitos. Os sócios não pagam mensalidade, a instituição sobrevive de doações e promoções, por isso estão sendo desenvolvidos projetos para gerar renda para a associação e para o associado. “Muitos recebem sóo benefício do governo e, como se sabe, um salário mínimo não cobre todas as despesas. Nosso propósito é exatamente esse, gerar renda para a associação e para o associado. Através disso, a associação também ter sua receita para depender o quanto menos possível do Estado.”

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Sede própria
O professor Felix Padilha, ex-presidente e atual vice, diz que a associação surgiu em 1990, mas “ganhou vida” a partir de 2014, quando ele assumiu. “Hoje a associação desfruta de um conceito invejável nos órgãos públicos, no meio empresarial e, principalmente, pelos associados e pela sociedade em geral.”
Entre as conquistas está o terreno de 1.453 m² para construção da sede própria, no bairro Sadia, cedido pela Prefeitura de Beltrão, graças a uma parceria com a Associação de Idosos e Aposentados. A área será de uso comum entre as duas associações, mas cada uma terá sua sala administrativa. 
Felix cita ainda o cadastro no Conselho Municipal de Assistência Social; título de reconhecimento de utilidade pública municipal e estadual atualizado; criação do regimento interno; certidão liberatória do Tribunal de Contas do Paraná; cadastro da seleção beltronense de handebol em cadeira de rodas na Federação Paranaense; encaminhamento de dois processos à Receita Federal solicitando bens para leilão; cadastramento da associação da Secretaria da Família, Trabalho e Desenvolvimento Social; encaminhamento de processo para cadastro da entidade no Ministério de Desenvolvimento Social, “que só não foi possível por não poder justificar as contas da entidade referentes a 2013”; participação na conferência municipal de saúde; e cadastro da entidade no Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência.

Felix Padilha e Vilmar Motta, na posse da diretoria da Associação dos Deficientes Físicos e Visuais.

 

 

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