Senna marca a pole para o GP de Mônaco de 88 com tempo 1s4 superior ao de Alain Prost.
Ayrton Senna cravou a pole position do GP de Mônaco, que tem largada prevista para a manhã desse domingo, 15 de maio de 1988, com o tempo absurdo de 1:23.998, nada menos que 1s427 mais veloz que a melhor volta de Alain Prost, seu colega de McLaren.
Sua pole provisória, obtida na quinta, já havia surpreendido e foi com o tempo de 1:26.375. E isso, com “um pequeno atraso na retomada das curvas lentas”, nas palavras de Senna. Como se quisesse humilhar ainda mais os concorrentes, Ayrton disse que não sabia dizer se sua volta neste sábado foi totalmente limpa.
Confira as principais posições do grid:
1º Ayrton Senna – McLaren-Honda MP4/4 – 1:23.998 (142.632 km/h)
2º Alain Prost – McLaren-Honda MP4/4 – 1.427
3º Gerhard Berger – Ferrari F187/88C – 2.687
4º Michele Alboreto – Ferrari F187/88C – 3.299
5º Nigel Mansell – Williams-Judd FW12 – 3.667
6º Alessandro Nannini – Benetton-Ford B188 – 3.871
7º Derek Warwick – Arrows-Megatron A10B – 3.874
8º Riccardo Patrese – Williams-Judd FW12 – 4.018
9º Eddie Cheever – Arrows-Megatron A10B – 4.229
10º Jonathan Palmer – Tyrrell-Ford 017 – 4.360
11º Nelson Piquet – Lotus-Honda 100T – 4.405
14º Mauricio Gugelmin – March-Judd 881 – 4.612
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Foi nesse dia 14 de maio de 1988 que Senna relatou ter vivenciado uma experiência fora do comum: “Eu estava me superando a cada volta, e simplesmente entrei em outra dimensão. Por causa da velocidade, as referências de espaço e de tempo se modificaram. Não via a pista, ela tinha virado um túnel. A distinção entre o homem e a máquina deixou de existir, me fundi com o carro, viramos a mesma coisa”. E finalizou: “Tive um estalo, uma agulhada e acordei para a situação de extremo perigo em que estava. Meu corpo começou a tremer e fui para os boxes. Fiquei morrendo de medo. Eu conseguia controlar o carro, mas estava entrando no inconsciente. E por aí não conheço, não sei o que pode acontecer”. Ayrton não voltou mais à pista naquele dia.
(Fonte: Ayrton Senna – A Face do Gênio, Christopher Hilton e Ayrton Senna – A Face do Gênio, Christopher Hilton)
