Em outubro de 2012, os jornais da Turquia só tinham manchetes do meia paranaense Alex, que embora fosse um dos maiores ídolos da história do Fenerbahçe, não havia renovado contrato com o clube e estava voltando para jogar no Brasil.
Como alguns veículos de comunicação brasileiros cogitaram a possibilidade de ele jogar no Cruzeiro, o repórter Süleyman Arat, a pedido de seu editor chefe do jornal Hürriyet, viajou ao Brasil com o objetivo de entrevistar Alex no aeroporto. Mas como na Turquia a maioria dos times é nome de cidade, ele procurou Cruzeiro como município e acabou chegando em Cruzeiro do Sul, no Acre.
Achou estranho que ninguém sabia onde ficava a casa de Alex e, mesmo sem falar uma palavra em português e pagando tudo em dólar, ele descobriu que o destino do jogador era Curitiba. Quando cogitou viajar do Acre para a capital paranaense de táxi, todos ao seu entorno riram muito, pois ele nem fazia ideia que era uma distância de cerca de 4.300 quilômetros.
Aí foi orientado a pegar um voo para o Distrito Federal e, em seguida, outro para Curitiba. Depois de alguns dias no Paraná, ele encontrou Alex na praça de alimentação do Shopping Barigui. Aí começou uma bela história, que foi escrita pelo jornalista Marcos Eduardo Neves no livro “Alex, a biografia”.
Todos os paranaenses precisam conhecer detalhes da história desse ex-jogador, que agora é treinador do Antalyaspor, da Turquia.
Como atleta, ele começou na AABB de Curitiba no futsal, depois foi pro Coritiba jogar futebol e ficou no clube até 1997, quando foi vendido ao Palmeiras. O Verdão o vendeu para o Parma, da Itália, em 2000, depois foi emprestado ao Flamengo (2000), ao Palmeiras (2001) e Cruzeiro (2002), clube que comprou seu passe.
No Fenerbahçe, Alex jogou de 2004 a 2012, sendo treinado por duas temporadas pelo Zico, ídolo do Flamengo. Em 2013, o meia surpreendeu o mundo ao escolher o Coritiba para encerrar sua carreira, devolveu ao clube que o formou a oportunidade de colher um pouco do resultado de sua fama.
Alex mostrou ao mundo que futebol não é só dinheiro, mas também honradez, pois ele valorizou todos os paranaenses com essa escolha. Na Seleção Brasileira, ele foi o maior injustiçado, pois ficou de fora da Copa do Mundo de 2002, quando estava no auge de sua carreira.