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Francisco Beltrão
domingo, 29 de junho de 2025

Edição 8.235

28/06/2025

Não é discussão sobre inclusão de trans, é sobre o direito das mulheres no esporte

Atletas trans têm vantagem no esporte feminino? Essa discussão é muito grande no meio esportivo desde que o Comitê Olímpico Internacional autorizou, em 2015, transexuais no esporte, com algumas condições.

Em 2016, o COI passou a não exigir mais a cirurgia de redesignação sexual e impôs um ano de tratamento hormonal ao invés de dois. O caso mais famoso no Brasil é da jogadora de vôlei Tiffany Abreu, a primeira atleta trans a disputar a Superliga, competição da elite do voleibol nacional. Outro caso conhecido internacionalmente é da Lya Thomas, primeira nadadora norte-americana trans a vencer um campeonato nacional da Divisão I da NCAA.

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Enfim, toda vez que alguém se posiciona contrário a essa regra no esporte, vem uma onda de comentários do tipo “onda de preconceito” ou “desinformação”. Adoram dizer que quem questiona isso é “transfóbico” também. Mas essa não é uma discussão sobre inclusão de trans, é sobre o direito das mulheres no esporte, estamos falando da exclusão do gênero feminino.

A comentarista Ana Paula Henkel, que foi medalha de ouro pelo Brasil nos Jogos Olímpicos no voleibol, tem uma frase muito importante nessa discussão: “escolher como você quer viver a sua vida, não te dá direitos automáticos a uma identidade biológica no esporte”. E ela está certa, pois há uma questão hormonal em discussão.

Tem um estudo canadense do Canadian Centre for Ethics in Sport, que traz a informação de que não existem evidências científicas que provem que mulheres transgênero possuem alguma vantagem no esporte. Mas esse mesmo estudo nos mostra que não há evidências do contrário, ou seja, que mulheres transgênero tenham condições iguais às que foram designadas mulheres ao nascer.

Sei que é um assunto polêmico, só que precisa ser discutido. O esporte é um dos ambientes mais inclusivos que existem. Para estar na prática esportiva, não se olha religião, partido político, não se olha nada, o esporte só olha a identidade biológica das pessoas. E é necessário proteger as mulheres. Quando uma atleta trans entra em um time, uma mulher designada de nascimento perde seu espaço.

Quem está defendendo o direito das mulheres nessa questão?

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