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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Quem foi Sarará, nome de ginásio na Cidade Norte?

Adilson de Oliveira Mendes, o Sarará: nasceu em 4/10/1939 e morreu em 20/1/2003. Foto: Arquivo da família.

Tenho certeza que muitas crianças utilizam o Ginásio Sarará, na Cidade Norte, e não sabem quem foi essa pessoa tão envolvida com o esporte de Francisco Beltrão e que recebeu a homenagem com o nome do ginásio, obra inaugurada em 2006. Quem foi Adilson de Oliveira Mendes, o “Sarará”? Ele faleceu no dia 20 de janeiro de 2003, deixando a esposa Diná Mendes tiveram quatro filhos: Adilson Júnior, Denise Mendes Cambruzzi, Adinã Mendes e Dani Mendes.

Inclusive, devo agradecer antecipadamente a disponibilidade de tempo de Dani, uma de suas filhas, por me ajudar com esse histórico, que vai servir para eternizar a honra e a história de Sarará. Nascido no dia 4 de outubro de 1939, em Caxias do Sul (RS), Sarará se mudou para Francisco Beltrão ainda jovem. Sua trajetória tem muita história pra contar, sua vinda foi em busca por melhor qualidade de vida, aqui formou uma família com Diná Mendes, que é gaúcha nascida em Farroupilha.

Sarará tinha paixão pelo esporte e principalmente por incentivar as pessoas à prática de exercícios diários, como a caminhada matinal e futebol, seja campo ou salão. Em sua vida, tinha tempo para tudo: trabalho, família, lazer e amigos. Era maçom assíduo nas reuniões semanais (um dos fundadores da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Santuário de Hiran nº 93) e, aos domingos, gostava de ir à Igreja Matriz do centro.

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Sua rotina iniciava às 5 horas da manhã, quando realizava longas caminhadas pela cidade. Muitos amigos seguiam seus passos, por onde passava levava alegria, lições de vida e muito amor naquele coração que era enorme. Sarará sempre foi um vencedor na vida, deixando seus ensinamentos aos seus quatro filhos, sempre os incentivou nos estudos.

A filha caçula, Dani Mendes, relembra que, ainda naquele tempo, ele aconselhava: “Estude, minha filha, que isso ninguém poderá te tirar, mas sim, você poderá compartilhar o que aprendeu”. Sarará recebeu vários títulos no esporte e sempre foi destaque em sua profissão de estofador, que passou de pai para filho. Ensinou Júnior e Adinã a nunca desistirem: “vençam na vida, para ser melhor para vocês mesmos, e não para ser melhor do que ninguém”, essa era outra frase que repetia para seus filhos.

Denise casou cedo e logo saiu de casa com a bênção do pai, que tinha muito orgulho dela, do genro Oltamir e de seus netos Henrique e Alessandro. Além de ser um excelente profissional, era uma pessoa que estendia a mão pra quem quer que fosse, livre de qualquer preconceito, só queria contribuir.

Não foi somente no esporte que ele se dedicou. Na época de Facibel, viajou várias vezes com alguns amigos, dentre todas as entidades que batalhavam para que a faculdade se tornasse a Unioeste, idas e vindas até Curitiba. Muitos abraçaram essa causa, e Adilson foi uma dessas pessoas, alguns registros se perderam, ficou apenas na história e na memória de conquistas para nosso município, por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Sarará tinha muito orgulho da esposa Diná, estava sempre de mãos dadas, mesmo que fosse para ir do outro lado da rua na padaria comprar pão. Diná diz que se sentia segura e amada, foram 35 anos de casados. E que o Adilson foi um esposo muito presente.

Ele torcia para o Grêmio, porém foi jogador profissional do Vasco da Gama. Foi um dos fundadores dos Veteranos do União, treinador da seleção beltronense de futsal por muitos anos e incentivador do futsal feminino. Nos últimos anos de sua vida, dedicou-se voluntariamente junto aos surdos, treinando-os em atividades esportivas. Com isso, buscou aprender através de cursos a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar e orientar as práticas esportivas que beneficiassem a saúde dessas pessoas.

Em 2003, Sarará nos deixou, e três anos depois, em 2006, o prefeito da época, Vilmar Cordasso, sancionou a lei que deu seu nome ao ginásio de esportes localizado no Bairro Pinheirinho como forma de homenagear esse ser humano que é lembrado com muito carinho por todos até os dias de hoje. Por onde passou, Sarará deixou seu legado!

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