16.5 C
Francisco Beltrão
segunda-feira, 23 de junho de 2025

Edição 8.230

21/06/2025

A guerra fria de Francisco Beltrão

Geral


Dias atrás um político de Francisco Beltrão disse que se a disputa pela prefeitura no ano que vem fosse entre os deputados Nelson Meurer e Luciana Rafagnin, ele se colocaria como terceira opção.
Ele pode ter dito apenas uma frase de efeito, uma piada, mas captou bem o que muita gente sonha: a disputa frente a frente, voto a voto, entre duas das maiores figuras da política contemporânea da cidade e região.
Como o duelo que se vislumbrava na Fórmula 1 entre Senna e Schumacher, se o brasileiro não tivesse morrido em 1994.
Nem Luciana nem Meurer vão morrer para que não aconteça o bate-chapa direto entre ambos. Não vai ocorrer porque eu acho que para eles não é conveniente.
Para eles, o melhor é trabalhar numa espécie de guerra fria ? mover as peças nos bastidores, formar alianças e amarrar apoiadores, pôr gente de confiança em determinados postos, etc.
O que eu observo na questão Incra de Francisco Beltrão é exatamente este capítulo da guerra fria beltronense e sudoestina. E quem gosta de política se delicia.
A grosso modo, o grupo ligado a Luciana acha justo nomear o chefe porque afinal o presidente da República é o Lula. A proposta petista venceu nas urnas e cabe agora preencher os cargos com pessoas identificadas com essa proposta. E mais: Luciana quer mostrar poder.
Por outro lado, Lula precisa de apoio no congresso nacional para aprovar as reformas que julga decisivas para a governabilidade e desenvolvimento do seu projeto de país ? e Meurer está disposto a fazer parte desta base congressual. E ele quer valorizar seu apoio, e manter certa influência local.
O nome para o Incra bancado pelo pessoal ligado a Luciana é de Ademir Dalazen. O nome do pessoal de Meurer deve ser o atual chefe Luiz Carniel.
Vamos ver quem vence essa queda-de-braço política. É apenas um capítulo, porque no ano que vem, na disputa pela prefeitura ? e em outras cidades da região ? a guerra fria continuará.


*


Eu, como Itamar M. Pereira ? que todo sábado nos brinda com textos bem descontraídos no seu ??Batendo papo?? lá na página 15 ?, desisti há tempos da minissérie A casa das sete mulheres.
Mas outro dia vi um pedaço e era uma cena que se pretendia íntima, então acompanhei, na expectativa. Mas que nada, não aconteceu nada. Nem sexo, que poderia de alguma forma levantar a audiência.


*


Quinta-feira no Jornal da Globo, Arnaldo Jabor falou uma coisa que imediatamente concordei: que a guerra está acordando os americanos esclarecidos, que hoje fazem protestos em favor da paz, e que no ano que vem estarão em campanha contra Bush, na disputa presidencial.
Esse pessoal, que tradicionalmente fica indiferente à política, a partir dessa guerra vai voltar a se mobilizar, e considerar importante uma eleição presidencial.
Eu acho que se Al Gore tivesse vencido Bush em 2000, hoje não haveria guerra.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques