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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Álvaro Dias e a sucessão no Paraná

Ele deverá ser candidato novamente, e imagino que sonha com o apoio do governador. Mas será que Ratinho vai apoiar Álvaro? Vamos ver.

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O senador Álvaro Dias tem muitos fãs, certamente. É só ver sua carreira política e comprovar isso, com mais vitórias que derrotas. E agora em 2022 termina mais uma sequência de oito anos de trabalho no Senado Federal (o mandato na verdade vai até 31 de janeiro de 2023). Ele deverá ser candidato novamente, e imagino que sonha com o apoio do governador Ratinho Júnior para permanecer no Senado até 31 de janeiro de 2031.

Mas será que Ratinho vai apoiar Álvaro? Vamos ver.

Acho — é um palpite —  que o governador vai preferir Guto Silva, que teve um desempenho de destaque na Casa Civil, a mais importante pasta política de um governo. Ou ficar neutro, porque o bolsonarismo raiz terá nome para o Senado — Paulo Martins ou Aline Sleutjes —, e Ratinho deve repetir 2018 e apoiar o presidente Bolsonaro.

Álvaro talvez quererá ameaçar com uma candidatura do Podemos ao governo, lembrando que os outros dois senadores do Estado, Flavio Arns e Oriovisto Guimarães, têm mais quatro anos pela frente. Podem, então, concorrer ao Palácio Iguaçu numa boa. E podem, talvez, tirar voto de Ratinho. Será? Bom, pelo menos essa deverá ser a ameaça.

Mas acho difícil, sinceramente, Flávio ou Oriovisto empolgarem mais de 1º ou 2% do eleitorado. Assim, creio, será, se houver, uma ameaça sem perigo.

Vamos ver. Mas acho que Álvaro já não tem mais aquele peso político que teve um dia. Mesmo a gente sabendo que não tinha chance nem de ir para o segundo turno em 2018, na corrida presidencial, ele poderia ter feito mais votos no Estado do que seus pouco mais de 320 mil.

Mas até aí, tudo bem. Acontece. E a onda Bolsonaro foi grande há quatro anos, era difícil marcar posição.

Álvaro poderia ter renascido politicamente, porém, com a chegada de Sergio Moro ao Podemos. Grudar no ex-juiz e percorrer o País, se transformar em “primeiro-ministro” do novo filiado. E também servir de escudo contra os ataques que Moro sofreria — e sofreu — da esquerda e do bolsonarismo.

Mas não. Álvaro ficou quieto, tal qual, registre-se, todo o comando do Podemos. Enfim, o resto da história a gente sabe.

Será interessante acompanharmos a movimentação política no Paraná, porque tem muita coisa que chama atenção no quadro: o PSD com incríveis 16 deputados estaduais, reelegerá todo mundo?, o MDB, até outro dia na oposição, agora na aliança governista, vai crescer ou diminuir?, partidos tradicionais, como PDT, PSDB e PSB, conseguirão formar chapas competitivas? Os partidos bolsonaristas PL e Republicanos vão, de fato, abraçar a candidatura de Ratinho Júnior?

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