Geral
A balança política deixou o Paraná no noticiário nacional ontem. E hoje e amanhã e na semana que vem assim continuará. Álvaro Dias, humilhado pelo PSDB local, que desdenhou da sua pré-candidatura ao governo e da sua proposta de escolha da candidatura (“vamos fazer pesquisa…”), desdenhou também de seu prestígio junto ao comando da sigla em Brasília. O PSDB betista simplesmente ignorou os reclames de Álvaro, deixou ele falando sozinho e o atropelou. Álvaro ficou politicamente acabado. Mas eis que agora renasce, na condição de candidato a vice-presidente na chapa de José Serra. Uma grande sacada do PSDB nacional, que ao mesmo tempo resolve um problema estadual importante. Aqui no Paraná, sem Osmar Dias na disputa pelo Palácio Iguaçu, o caminho de Beto fica bem mais fácil. Álvaro acaba ajudando o desafeto Beto, que agora deverá promover a reaproximação de ambos. * Mas uns renascem e outros se apagam. O irmão mais novo Osmar Dias corre risco político nesse tabuleiro todo. Deixando de concorrer ao governo ? depois de praticamente ter acertado sua candidatura ao Palácio com um peemedebista de vice e Gleisi e Requião ao Senado ?, vai para uma disputa imprevisível ao Senado. Tudo indica que um tal “acordo branco” vai acontecer. A família Dias sabe o que é isso. Em 1998, Álvaro foi preterido (pelo Planalto) na corrida pelo governo, em favor de Jaime Lerner ? o preferido do presidente FHC. O grupo de Lerner foi gentil e colocou para concorrer contra Álvaro, na disputa para a única vaga do Senado, nomes sem grande expressão. Álvaro se elegeu senador. Agora, o grupo de Beto só deve pôr Ricardo Barros na parada das duas vagas. A outra “brancamente” vai para Osmar. Diz-se “branco” porque não pode ser oficial.