0.4 C
Francisco Beltrão
terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

Carlos Bolsonaro senador?


Os filhos do Meurer, do Traiano e do Reichembach nunca se candidataram; os do Litro, da Luciana e do Vermelho, sim.


Foi notícia nesta semana que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro poderá transferir seu domicílio eleitoral para Santa Catarina, a fim de concorrer ao Senado em 2026. Será?

Não duvido. O bolsonarismo tem um contingente eleitoral ainda bastante forte e com potencial de êxito nas urnas. Segundo o que se lê na grande imprensa, a ideia é constituir no Senado uma bancada robusta de mandatos na órbita política do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a família à frente. Assim, o senador Flávio iria para a reeleição no Rio, a esposa Michelle disputaria pelo Distrito Federal, o deputado Eduardo em SP e Carlos em SC.

Aliás, já existe um Bolsonaro com mandato em Santa Catarina, o filho caçula Jair Renan é vereador em Balneário Camboriú — e possível candidato a deputado federal no ano que vem (e só não vai pro Senado porque não tem a idade mínima de 35 anos).

- Publicidade -

Convenhamos, fica meio estranha essa transferência de domicílio para bancar uma candidatura assim tão artificial. Carlos Bolsonaro não tem nada a ver com SC. De resto, não tem nada a ver com nenhum estado, a não ser o seu. Ora, que fizesse então uma dobradinha com o irmão Flávio e concorressem às cadeiras fluminenses.

Repito, fica meio estranho tudo isso, dá uma sensação de coisa antiga, lembrando getulismo, brizolismo, lacerdismo, peronismo, chavismo. Triste nosso Brasil com lulismo e bolsonarismo…

Os filhos do presidente Lula não se arriscaram nas urnas. A exceção foi a primogênita Lurian Cordeiro da Silva, que quando jovenzinha tentou ser vereadora em São Bernardo do Campo (SP) e não se elegeu.

Aqui pelo Sudoeste, temos políticos dos dois tipos, os que impulsionaram a carreira do filho e os que não tiveram filhos com esse desejo. Os herdeiros do Nelson Meurer e do Ademar Traiano, por exemplo, nunca se candidataram. O mesmo vale para Wilmar Reichembach.

Já Luiz Fernandes Litro e Luciana Rafagnin tiveram a felicidade de ver os filhos eleitos, assim como o Vermelho. Paulo Litro e Matheus Vermelho são deputados, e Camilo Rafagnin foi vereador.

Isso vai de cada um e da conjuntura do momento.

Voltando a Carlos Bolsonaro. Ele ficou famoso em 2018, quando coordenou a campanha do seu pai pelas redes sociais, e atualmente exerce seu sexto mandato na Câmara carioca — onde tem o maldoso apelido de “vereador a distância”, herdado da época que o pai estava no Palácio do Planalto e ele vivia em Brasília.

Se se eleger no estado vizinho, periga manter a essência do apelido cruel — “senador a distância”…

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques