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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Para surpresa de zero pessoas, o MDB vai deixando Simone sozinha

A cúpula do MDB, ou grande parte dela, já está declarando apoio ao amigo Lula. Isso significa que a candidatura da senadora Simone Tebet a presidente da República fica enfraquecida. Alguma surpresa nessa ação de lideranças emedebistas? Claro que não. Só para relembrar: O MDB (ou antes, PMDB) nunca teve candidato competitivo ao Palácio do Planalto, nem quando era o maior partido do Brasil, imagina agora.

Em 1989, Ulysses Guimarães, em 1994, Orestes Quércia, tiveram desempenhos pífios, abaixo dos 5%. E na época o PMDB era gigante, mas preferiu apoiar Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, respectivamente. Apoiar, no caso, como agora com Lula: um apoio informal, dos caciques regionais e tal. Em 2018, com Henrique Meirelles, o MDB já estava fraco e os dirigentes, Brasil afora, se dividiram entre os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, menos por convicção, mas mais para atender seu eleitorado.

Simone surgiu em 2022, na minha visão, para ser vice. Mas não se lança pré-candidatura a vice. Tem que dizer que é pré-candidatura para a cabeça de chapa, etc. Faz parte da encenação. E eu achava — até escrevi sobre isso, numa esperança vã — que poderia haver o fortalecimento da tal terceira via, com João Doria, Sergio Moro, Eduardo Leite e Simone Tebet, enfim, eles se entendendo e criando fatos políticos positivos. Mas nada disso aconteceu.

E agora sobrou para ela essa batata quente na mão, tem de ser pré-candidata a presidente — e, olha só, ninguém quer ser seu vice! Que barbaridade, coitada. Inclusive a convenção, semana que vem, será remota, acho que com receio de, sendo presencial, ter poucas pessoas. Enfim, Simone é mais uma na lista dos abandonados pelo MDB.

O partido só se deu bem com Michel Temer na vice de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014. Antes havia tentado com Rita Camata, a vice do tucano José Serra em 2002.

E Temer teve a oportunidade de ser presidente, de 2016 a 2018, e foi, não canso de lembrar, um grande presidente, com o avanço de muitas reformas no País. Eu repito sempre, brincando, que somente três jornalistas defendiam Temer naquele tempo: eu aqui no Paraná, Reinaldo Azevedo em São Paulo e Carlos Andreazza no Rio de Janeiro.

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