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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Jô Soares e Willem Van Weerelt: 20 anos de programa do Jô – I

Brasis

 

Jô Soares e Willem Van Werelt, diretor do Programa do Jô

Em 1998, pela primeira vez, fui ao Jô Soares Onze e Meia no SBT. Foi um espanto para o Sudoeste e grande divulgação para a região. Curiosa e paradoxalmente, ninguém do Paraná foi tantas vezes ao Jô. Tornei-me muito conhecido no Paraná e no Brasil. Depois me habituei, já que fui em 99, novamente no SBT, e, como se não bastasse, voltei em 2000, 2001, 2003 e 2008. Pude sentir a vacuidade da fama, sua efemeridade e ilusão. No ano passado voltei a ser convidado, mas por motivo de saúde não aceitei – como não aceitarei mais esse tipo de convite. Com graves problemas cardíacos, agora é me preparar para a grande noite, a eterna e abissal solidão do consumatum est. 

As seis vezes que lá estive, além das reprises, foram suficientes para irritar e provocar a inveja dos que nunca me valorizaram e ignoram o meu trabalho. Na verdade nunca quis ser, aqui no Sudoeste, nem inspetor de quarteirão nem mata-mosquito municipal. Toda minha vida voltou-se para a humanitas, para a cultura humanística.
Meu  sonho desde  jovem era amealhar vasta cultura nas línguas em que começava a estudar e estudar o Brasil fora dos muros da Academia… Cultura com o escopo de entender o mundo, seus engodos, sua mentira, seus falsos deuses e sua falta de sentido.
Tenho orgulho de minha mulher (Sueli) ser, creio, a mais respeitada professora de português do Sudoeste do Paraná e me regozijo por termos educado bem nossos filhos.
Neste ano, o Programa do Jô (na Globo) encerrará seus 20 anos de atividades e como tal devo expressar meus agradecimentos ao Jô. Levei ao Programa minha mulher (Sueli) e meus filhos Lígia Bevilacqua Baleeiro de Lacerda y Pena (estilista e consultora de imagem) e Afonso Henrique Bevilacqua Baleeiro de Lacerda (médico). Foram momentos  muito interessantes. Nossos filhos tinham menos de 14 anos  e vibraram com a viagem.
 As várias idas ao Jô, depois de 1999 deram-me visibilidade e facilitaram-me dezenas de viagens de estudo pelo Brasil, além de ganhar da Varig passagens para visitar 10 estados (ainda não conhecia o Acre, Roraima e Amapá). Voltei a alguns outros. Com as idas ao Jô vendi milhares de exemplares de meu livro “Os Dez Brasis”, já na quinta edição e completamente esgotada.
Como homenagem ao Programa, transcrevo abaixo a carta inédita do Willen Van Weerelt – diretor do Programa  do Jô, em resposta a perguntas que lhe dirigi, lá por 2004. Consegui com o saudoso amigo e mecenas embaixador Sérgio Correa da Costa uma foto do Licée Jaccard. Ele também me mandou para que entregasse ao Jô um belo e antigo livro sobre a Suíça. Vamos à carta:
Caro Jorge
Recebi algumas cartas suas com algumas perguntas. Não sei se posso te ajudar em todos os itens, mas fiz uma pesquisa, recolhi alguns dados e materiais que, espero, sirvam para os seus objetivos. Aqui estão:
– Tereza, primeira esposa do Jô, é filha de Antônio Austregésilo, fundador da cátedra de neurologia no Brasil, considerado, na sua época, o médico mais importante do Rio de Janeiro. Antônio Austregésilo ocupou a cadeira 30 da Academia de Letras, cadeira ocupada, hoje, por Nélida Piñon. Ele era tio de Austregésilo de Athayde.
– Fotos do tempo Lycée Jaccard: Jô não tem disponível no momento, pois estão sendo colocadas em álbuns.
– Professores do Jô de 1953 a 1957… Nessa época, Jô estava  em Lausane, na Suíça”. (continua)

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Foto do Licée Jaccard, em Lausane, Suíça, onde Jô estudou de  1953 a 1957.

 

 

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