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Francisco Beltrão
quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Jô Soares e Willem Van Weerelt: 20 anos de programa do Jô – I

Jô Soares

 

Jô Soares e Willem van Werelt.

 

No final deste ano, Jô Soares deixa a Globo ou talvez apenas o seu programa. Fui ao Jô duas vezes no SBT e 4 na Globo. Estão todos registrados no You Tube. Lá por 2004, contei com a colaboração do Willen Van Verelt, diretor do Programa e escrevi uma série de artigos sobre o Jô.
Ir ao Jô seis vezes, deu-me deu visibilidade em todo o Brasil, ajudando-me a viajar por regiões que ainda não conhecia. Tenho meu arquivo uma carta do Willen em que ele responde a várias perguntas minhas. Acho que publicar essa carta é uma maneira de expressar minha gratidão cultural ao Jô e ao Willen, que deixarão a Globo depois de 18 anos de programa. Tão acostumado está o povo brasileiro ao programa do Jô que já estamos sentindo saudade. No final da carta em que Willen responde às minhas perguntas, ele fala de sua carreira. Aqui dou sequência à carta:
“Textos informativos sobre o Jô: Mandamos xerox da revista Vogue que contém as informações completas.
-Quem é o Jô sem o Willen?
Resposta:”Um dos segredos da cordialidade e amizade entre todos os membros desta equipe é o respeito à individualidade de cada um.”
-A genialidade do Jô, apesar de 15 anos juntos, ainda te surpreende?
“Sempre: é uma mistura de talento, cultura, inteligência e disciplina. Só o improviso não costuma ser suficiente. Primeiro é necessário a idéia, depois colocá-la no papel para poder produzir. Finalmente ensaiar lapidando até ficar bom. Isso exige trabalho”. Obs. Gostar do que se faz ajuda muito, pois o trabalho não se torna um sacrifício.
-Se o Max Nunes nunca foi para o exterior… De fato nunca foi e diz:”Se viajar desse cultura, os marinheiros seriam sábios”.
-Exemplar do livro: O astronauta sem regime.
“Não temos. Talvez na editora L.T.M.”
-Estou mandando um cd com entrevista do Jô na TV5, em Paris.
Síntese biográfica feita por Willen:
“Comecei minha vida profissional como câmera-man na TV Globo do Rio de Janeiro, em 1977, aos vinte anos  de idade. Estudava Administração de Empresas no período noturno. Fui promovido a supervisor de equipe de externas, depois a diretor de imagens. Ao me formar resolvi experimentar o mercado de capitais e fui trabalhar numa mesa de open-market de uma corretora de valores, Nesse tempo, fiz pós-graduação de mercado de capitais na Fundação Getúlio Vargas.
Trabalhei com meu pai por um ano numa pequena empresa, mas não resisti aos chamados de voltar para trabalhar em TV. Mais uma vez quiseram me levar para a área de novelas, mas como nunca foi minha preferência pedi para ir para linha de shows. Fui atendido e voltei para a TV Globo como diretor de  imagens no programa “Viva o Gordo”. Pouco tempo depois fui promovido a diretor do programa, neste meio tempo dirigi comerciais e uma peça de teatro infantil.
Passaram-se dois meses e o Sílvio Santos chamou o Jô para ir trabalhar no SBT. O Jô me chamou para acompanhá-lo e resolvi topar e ser fiel a quem tinha me dado uma chance. Não me arrependi!
Depois de dirigir o “Veja o Gordo”, “Escolinha do Golias” e “Jô Soares Onze e Meia”, voltamos à TV Globo para dirigir o “Programa do Jô”. – Em poucas linhas estão mais de vinte anos de um profissional da TV. Comecei a trabalhar em 1977 quando tinha vinte anos de idade. 
Jorge, espero que sirva aos seus propósitos.
Abraços 
Willen”

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Baleeiro esteve no Jô Soares em 98 e 99 no SBT (Jô Soares Onze e Meia) e em 2000, 2001, 2003 e 2008 no Programa do  Jô, na Globo.
Na foto, Baleeiro aparece com um saco de sapatos que o Jô lhe deu de presente (Arquivo Baleeiro)

 

 

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