Mas, como sempre, costumo ver o lado bom das coisas, descobri um ponto bem positivo nisso: com tanto morro, as mulheres podem exercitar o corpo e faze
Meus dias estão diferentes ultimamente. Gente desconhecida pelas ruas, lugares novos, rotina atípica. Faz um mês que estou em Pato Branco, sou a mais nova moradora dessa linda cidade do Sudoeste. E não digo que ela é linda só porque agora resido aqui ou para, como se diz, cuspir no prato que comi. Gostei realmente do que tenho visto em Pato Branco. À primeira vista a cidade me parece muito desenvolvida, com construções por todos os lados e, sim, muitos prédios. Aliás, como tem edifício nessa cidade. Muito mesmo, nem se compara com Beltrão. Isso é o primeiro fator. Talvez este seja o motivo que dê a Pato Branco esse ar de “cidade maior”, de “capital”, como a gente brinca. Curti. Como estou me adaptando, tenho andado muito a pé, coisa que não fazia em Beltrão. Percebi então outro ponto bastante forte em Pato: aqui tem prédio, mas também tem morro, e como tem! A geografia do município é diferente de Beltrão, cansa mais andar a pé, ainda mais quando se encara uma subida pela frente. Mas, como sempre, costumo ver o lado bom das coisas, descobri um ponto bem positivo nisso: com tanto morro, as mulheres podem exercitar o corpo e fazer academia de graça. O bumbum agradece.
Brincadeiras de lado, estou bem feliz com a mudança e me sentindo praticamente em casa. Muitas pessoas que encontrei pensam como eu e me dizem que essa rixa boba entre Francisco Beltrão e Pato Branco é coisa do passado. Tem ainda quem compre essa briga e fique na gozação, tirando sarro e querendo disputar o título de capital do Sudoeste. Mas graças às cabeças abertas dá pra se dizer que as cidades são irmãs, e quase gêmeas. Ontem pela manhã fui convidada pelo colega jornalista Laudi Vedana, da Rádio Elite FM, para uma conversa, um bate-papo sobre jornalismo e sobre minha vinda a Pato Branco. Olha que chique! Me senti muito honrada em ser recebida dessa forma, de braços abertos, por amigos que eu nem conhecia pessoalmente, mas que já acompanhavam meu trabalho e, melhor, gostam do que faço. É como eu disse ao Laudi, e reitero aqui: foi uma surpresa minha mudança para cá, não imaginava que fosse acontecer. Mas como a vida é feita de escolhas, e algumas vezes de escolhas rápidas, aqui estou e quero fazer dessa cidade a minha também. Não sei se em Beltrão as tardes estão terminando bem quentes e com chuvas fortes, mas em Pato está desse jeito. E como mudei a rotina e passei a adotar as pernas como meio de locomoção no dia a dia, parto agora para correr da água e encarar os morros. Tudo pelo jornalismo e, vá lá, pela boa forma também.