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Francisco Beltrão
quarta-feira, 25 de junho de 2025

Edição 8.232

25/06/2025

A privacidade passa a ser um sonho

Ele estava numa das mesas ao fundo jantando acompanhado de um homem. Como todos os que entravam agiam com discrição, procuramos não demonstrar surpresa ou tietagem.


Um paradoxo do nosso tempo é o esforço imenso que as pessoas fazem para se tornarem famosas e depois cansam do assédio e vivem clamando por privacidade. Chamou atenção uma aparição de Sérgio Chapelin há poucos dias no Fantástico, da Rede Globo. O seu visual gerou comentários no país inteiro, completamente diferente da imagem que o marcou como apresentador do Jornal Nacional.

Hoje, aos 83 anos, cultiva barba branca meio rebelde, cabelos igualmente brancos e um pouco longos. É outra pessoa absolutamente irreconhecível. Em entrevista à revista Veja, contou que o novo visual possibilita que ele possa fazer caminhadas diárias na praia de Copacabana, ir à padaria ou ao supermercado sem ser reconhecido. Só não pode falar, porque, se fizer isso, imediatamente será reconhecido pela voz inconfundível.

O problema para uma pessoa famosa como Chapelin é que o público acha que elas estão sempre disponíveis e devem estar bem-humoradas para atender e dar autógrafo. E isso nem sempre é possível, às vezes elas estão com pressa ou com um problema sério para resolver.

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Em minhas viagens, somente uma vez encontrei um famoso no mesmo voo. Bem na poltrona à minha frente estava o cantor Péricles, que ocupava dois bancos para acomodar o corpanzil. Noutra ocasião, ao entrar no restaurante El Fuego, em Gramado, no Rio Grande do Sul, dei de cara com o ator Selton Mello. Ele estava numa das mesas ao fundo jantando acompanhado de um homem.

Como todos os que entravam agiam com discrição, procuramos não demonstrar surpresa ou tietagem. Minha cunhada ficou empolgada e comentou que queria pedir autógrafo e tirar uma foto com ele. Observei que era melhor esperar que ele terminasse de jantar. Aí nos distraímos com a janta e nem percebemos quando ele saiu discretamente.

Imagino que deve ser cansativo ter que ficar o tempo todo dando atenção a quem se aproxima em busca de autógrafo ou pedindo para ser fotografado. Gente famosa nem sempre está disposta e nem tem a obrigação de andar sempre sorrindo. Mas o público não pensa assim e muitas vezes critica sem piedade quem não age com simpatia.

Muita indefinição
As matérias publicadas no JdeB de sábado a respeito do novo aeroporto de Francisco Beltrão causaram surpresa. Muitas informações ali divulgadas eram desconhecidas do público. Ficou evidente que a burocracia será um grande entrave até a viabilização do novo aeroporto.

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