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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.219

05/06/2025

Casamento já não atrai os jovens

Queira ou não, os casamentos estão relacionados a dinheiro e a questão financeira é determinante para o sucesso da união. Por mais que tenha havido evolução nos comportamentos, muitos homens não aceitam que a esposa tenha mais renda que eles. Em algum momento, isso vai gerar crises e pode até contribuir para o fim do relacionamento. E não é só no Brasil. O fato de estar escasso o número de homens dispostos a se casar é uma situação a ser considerada. E aqui entram muitas variantes, como a vontade de casar e as condições para assumir o compromisso.

A economista americana Melissa Kearney afirma que há uma escassez de “homens casáveis”, termo que ela usa para definir homens capazes de contribuir para manter a economia da família. Em sua opinião, há evidências de que nos Estados Unidos, quando os rendimentos das esposas ultrapassam os dos maridos, há uma maior chance de divórcio. No Brasil, um país com fortes tendências machistas, essa realidade é ainda mais forte. Há até termos depreciativos para se referir a um homem casado com uma mulher com altos salários, um deles é “chupim”, que designa o marido sustentado pela esposa.

É verdade que poucos homens se sujeitam a isso e as piadas são inevitáveis nas rodinhas de conversa. Isso não impede um novo arranjo, em que o homem fica com as responsabilidades domésticas e a mulher assume a função de trazer o dinheiro para casa. Naturalmente, quando isso acontece, é preciso que o homem tenha uma mentalidade muito despojada dos padrões de comportamentos convencionais. Não lembro o filme, mas vi uma história em que o casal tinha esse pacto. A mulher, advogada muito bem sucedida, saía para o trabalho enquanto ele ficava em casa cuidando do filhinho. Acabou não dando certo porque ele ia todos os dias levar o filho brincar na pracinha do bairro e acabou se envolvendo com uma jovem mamãe que frequentava o local. O romance esquentou e o casamento acabou ruindo.

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Outro aspecto dos novos tempos é que as jovens bem sucedidas vão adiando o casamento indefinidamente e, muitas vezes, nem chegam a concretizá-lo. Casar não é um bom negócio para elas. Uma profissional liberal ou funcionária pública com salários de muitos milhares de reais não coloca o casamento entre as suas prioridades, principalmente quando almeja subir um degrau a mais na carreira. E tudo isso vai moldando uma nova realidade.

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