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Francisco Beltrão
quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

É preciso aceitar as mudanças

Vivemos agora um período de transição, às vésperas de mudanças no cenário político da cidade. Algumas pessoas tentam se agarrar ao poder de forma quase desesperada.


No final de semana estive folheando a encadernação das edições do Jornal de Beltrão em seu primeiro ano, de maio de 1989 a maio de 1990. A cada página surgiam personagens um tanto esquecidos de nossa história recente. É interessante constatar as mudanças em nossa sociedade desde então. As lideranças eram outras, as metas, as obras e as aspirações coletivas também. Muitas das pessoas de destaque na época saíram de cena, algumas nem vivem mais, outras simplesmente perderam a relevância.

Naquele ano, ainda não havia celular na região, a paisagem da cidade era bem diferente, não havia tantos prédios, o trânsito era bem mais tranquilo, os binários não haviam sido criados. Mas o que mais chamou a atenção foram as personalidades políticas da época. O prefeito era Nelson Meurer, que mais tarde seria eleito para sucessivos mandatos na Câmara Federal. O presidente do Legislativo era Amilton Vandresen, hoje falecido, a exemplo de Meurer. João Arruda representava o município na Assembleia Legislativa, onde exercia seu primeiro mandato. E mesmo nas páginas sociais, o que se via era gente que hoje não está em evidência.

Fiquei a refletir como a realidade se transforma, mesmo num período relativamente curto. O que se vê é o dinamismo de uma cidade que se desenvolve em todas as áreas. Vivemos agora um período de transição, às vésperas de mudanças no cenário político da cidade. Algumas pessoas tentam se agarrar ao poder de forma quase desesperada, como se não pudessem viver longe dele. Falta de percepção de que para todos há um prazo de vencimento, chega uma hora em que é preciso passar o bastão.

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Comenta-se, nos bastidores da política local, que não são poucos os que tentam dar um jeito de conseguir um espaço na nova administração, mesmo tendo assumido a campanha do candidato derrotado. Outros se agarram na expectativa de um cargo em órgãos estaduais. Deve ser deprimente ficar dependendo de nomeações na base do favor, principalmente porque todos sabem que em casos assim a competência é o que menos importa. Mas essas pessoas não parecem nada preocupadas com tal detalhe, até acham que estão se dando bem. Uma situação patética e lamentável!

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