Forma-se uma interminável fila, que se arrasta lentamente, para desespero de famílias inteiras dentro de um carro sob sol escaldante.
Chegamos hoje à véspera de Natal e as rodovias ficam repletas de motoristas apressados. Já no final de semana contabilizamos tragédias no trânsito brasileiro, mais de 40 mortes num único acidente em Minas Gerais, envolvendo gente que estava voltando para sua terra para passar com a família as festas de final de ano. Não foi o único. Por toda a parte há notícias de acidentes graves, com muitas vítimas. Em Gramado, uma família inteira foi dizimada em um acidente de avião, enlutando a cidade onde o Natal é mais intensamente celebrado no país. Após os festejos, serão divulgados aqueles informes das polícias rodoviárias, quando saberemos a dimensão da tragédia em nossas rodovias. Em todos os feriados é assim.
Certamente é ilusório esperar que não ocorram acidentes graves em épocas de movimentação mais intensa em nossas rodovias. Boa parte das pessoas que sai para as estradas em viagens de final de ano comporta-se de forma absolutamente irresponsável. Todos deveriam estar conscientes de que o número de veículos é muito acima do normal, o trânsito torna-se lento e precisamos estar preparados para encontrar filas enormes por toda a parte.
É preciso muita paciência, às vezes quase teimosia para seguir adiante. O recomendável seria evitar alguns trechos, especialmente para o litoral, que se tornam caóticos. Mas é para lá que a maioria das pessoas vai. Há relatos de pessoas que gastaram 9 horas no trecho Curitiba-Balneário Camboriú, de pouco mais de 220 quilômetros. Forma-se uma interminável fila, que se arrasta lentamente, para desespero de famílias inteiras dentro de um carro sob sol escaldante. Não é diferente em nosso estado, o deslocamento para o litoral torna-se um teste de paciência. Não há como escapar das filas e da lentidão.
A pressa, por sua vez, só aumenta os riscos e perigos para todos. É fundamental estar consciente que o mais importante é chegar ao destino, sem sustos nem manobras arriscadas.
Natal limitado
É uma pena que o clima natalino em Francisco Beltrão se restrinja à área central. Mais uma vez a população e o comércio não aderiram aos festejos de Natal.